Uma reflexão sobre o turismo
Por iniciativa da Fundação António
Quadros, com a colaboração da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Estoril
e o patrocínio da Câmara Municipal, realizou-se, no dia 8, no Estoril, o
colóquio «Turismo em Portugal. Passado. Presente. Que Futuro?».
Evocaram-se os primórdios do turismo no País (Celestino Domingues) e em
Cascais (Margarida Ramalho); traçou-se a panorâmica das tendências antigas e actuais
(Alberto Marques); realçou-se o papel do turismo como fautor de identidade dum
país ou duma região (Manuel Coelho da Silva); recordou-se o notável contributo
de António Ferro, cujas teses (ficou demonstrado) ainda hoje são de uma
actualidade flagrante (José Guilherme Victorino): «Quando o hóspede deixa de
ser mencionado pelo nome, as pousadas perdem significado»…
Destaque especial para a mui oportuna análise de Armando Rocha, bem
documentada, a pôr em confronto, nomeadamente no que concerne à hotelaria, as diferenças
que ora se registam em relação ao praticado há uma década atrás. Sublinhando a necessidade
de parar para pensar («Pensar volta a estar na moda!»), de dar relevo à diferenciação
baseada no trinómio «autenticidade, tradição, simplicidade», reclamou maior
atenção às pessoas e suas emoções («Os hotéis têm de vender experiências e não
apenas quartos»), sobretudo tendo em atenção o inegável papel ora desempenhado
pelas redes sociais e pelo TripAdvisor, página
da Internet que hoje detém um relevante papel.
Misericórdia revela-se
Sabíamos
que existia, tinha lares, creches, o «Bom Apetite», uma farmácia; que dinamizava
ATLs, acolhia e recuperava toxicodependentes na Casa da Barragem e noutras; que
dava apoio domiciliário e tinha centros de dia…
Missão imensa, no espírito de dar cumprimento às obras de misericórdia,
desde 1551!...
Tinha-se uma ideia, se calhar vaga e parcelar. Por isso, no sábado, 5,
das 10 às 19 horas, todas essas valências assentaram arraiais, no Jardim
Visconde da Luz, no coração da vila, e mostraram como se faz, como se vive,
como se ajuda a (saber) viver.
Lá estiveram, para apoiar, o ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares; o
presidente da Câmara e alguns vereadores ;
o presidente da Junta; Mariana Ribeiro Ferreira, presidente
do Instituto da Segurança Social; e muita muita gente – a saudar os funcionários
e técnicos que prontamente disseram «presente!», a dar o seu contributo…
Muita animação, demonstração de actividades, música,
cantares, o entusiasmo dos meninos dos tambores, exposição de produtos artesanais
em que, mais do que a beleza real, se espelha a beleza implícita do gesto e da positiva
atitude perante a Vida!
Uma Santa Casa que, afinal, a todos serve e que
de todos espera solidariedade.
Parque infantil do
Bairro da Assunção
Nesse
mesmo sábado, um outro momento importante na freguesia de Cascais: a abertura
do parque infantil do Bairro da Assunção, obra da Junta de Freguesia. Sito na
Praça João Martinho de Freitas, no coração do bairro, abrigado pela sombra das
árvores, é recanto de que apetec e
usufruir e que a população saberá preservar como privilegiado ponto de encontro
de gerações.
Pedro Mota
Soares também se associou ao acto ‘inaugural’, assim como o presidente da
Câmara e, necessariamente, o presidente da Junta, membros do seu Executivo e
muitos moradores . O pessoal da
Associação Cultural Confluência trouxe a
animação!
Congratulamo-nos!
O papel do teatro
Em vários espectáculos do TEC se discute a
função própria das representações teatrais na vida da comunidade. Assim, em Arsénico e Rendas Velhas, uma das personagens
revela quanto os pais se opuseram a essa sua «desgraçada ligação com o teatro,
um vício que se contrai…». Ele queria era escrever sobre economia, mas, como
diria a canção, «o seu País não deixou!». E tornou-se crítico de teatro!...
Snack de poesia
Tem prosseguido com êxito e mui
razoável participação a iniciativa de Ricardo Alves de trazer a poesia para o
seio da comunidade do seu bairro. Desde Janeiro, no 2º e 4º sábados de cada
mês, no Café Pampilho, Pampilheira, Cascais.
A última sessão desta temporada será, pois, no dia 26, das 22 às 24
horas. Há sempre surpresas que aí se revelam.
Entrada livre.
[Publicado no Jornal de Cascais, nº 314, 23.05.2012,
p. 6].