Salientou Teixeira Marques, na edição de 20 de Fevereiro, p. p., as qualidades de Dirigente de António Rosa, por, ao serviço do grupo desportivo que dirigia, o GDC dos Machados, ter sofrido um acidente fatal:
«Como Dirigente com maiúsculas, não puxou dos galões e foi ele mesmo proceder ao arranjo do balneário».
Enquanto se lamenta a morte, assim inesperada, de António Rosa, não pode, na verdade, deixar de sublinhar-se este pronto ‘arregaçar de mangas’ de quem não tem medo que os parentes lhe caiam na lama, lá por se ir empoleirar num telhado para arranjar uma telha!...
Quando, à nossa volta, os exemplos não são desse jeito, ao contrário do que acontece noutros países mais evoluídos, há que dar relevo ao gesto, à abnegação.
Recordo que, em tempos, o dono de muito famosa rede europeia de estabelecimentos comerciais viera a Portugal visitar a sua loja e para ela se deslocara não num bruto carro topo de gama nem sequer num táxi, mas utilizando os transportes públicos!...
Bem haja, pois, António Rosa, pela última e eloquente lição!
Que descanse em paz!
Publicado no Notícias de S. Braz (S. Brás de Alportel), 20-03-2010, p. 2.
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