Forno crematório
Lê-se na página da Câmara Municipal de Cascais a seguinte informação, datada de 3 de Outubro de 2007:
«Cascais deverá ter, em finais de 2008, um novo Complexo Funerário, dotado de forno crematório. A construir junto ao Cemitério de Alcabideche, o equipamento será alvo de concurso público para a concepção, construção e concessão da exploração aprovado esta semana em reunião de Câmara.
O futuro complexo integrará um forno crematório, complexo funerário (com salas de espera, salas para velório e serviços de apoio), capela, parque de estacionamento e zonas de lazer e virá minimizar as crescentes dificuldades registadas em velórios e funerais, bem como oferecer resposta aos pedidos de cremação.»
Lê-se na página da Câmara Municipal de Oeiras:
«No próximo sábado, dia 30 de Abril [de 2011], tem lugar o lançamento da primeira pedra do Forno Crematório e do Centro Funerário de Barcarena, às 11H00, no terreno adjacente ao cemitério local, localizado na Rua Elias Garcia, em Barcarena.
[…]
Trata-se do primeiro forno crematório existente em Oeiras, o qual serve toda a população de dentro e de fora do concelho.
Esta obra, orçada em 990.360,00€, tem a duração de dez meses e é realizada e financiada pela empresa Tomás de Oliveira, na sequência de concurso público lançado pela Junta de Freguesia de Barcarena. Para tal foi celebrado, entre as duas entidades, um contrato de Concessão de concepção, construção, financiamento, Manutenção e exploração do Forno Crematório e do Centro Funerário de Barcarena.»
Conclusão: perdeu Cascais mais uma oportunidade.
Brasão de Alcabideche
«O brasão foi partido por uma condutora de 32 anos às 06:45 horas no passado dia 09/07/2011, que tinha só 1,6 % de álcool no sangue» – esta a informação que me foi dada, quando indaguei do destino do bonito brasão que, na estrada Estoril-Alcoitão, dava as boas-vindas a quem por ali entrava na freguesia de Alcabideche.
A guerra do Ultramar
Em comentário ao que escrevi sobre a necessidade sentida por muitos dos combatentes na «guerra do Ultramar» de passarem a escrito, nomeadamente em livro, o que por lá, em longos meses, viveram, para que conste, para que não se repita, para que o testemunho permaneça… fui contactado pelo Sr. Eng.º António de Almeida Marques, residente em Parede, autor de À Espera de um Domingo em Terras de Angola. Ainda não tive oportunidade de ler o livro; contudo, quis Almeida Marques ter a gentileza de me explicar que fora edição de autor, que por ela pagara uma «importância significativa», que, no entanto, considera «desprezível em comparação com a minha dívida de gratidão para com os meus ex-camaradas a quem modestamente procurei homenagear, pela sua solidariedade e abnegação sem limites, sempre que solicitei o empenhamento total, com risco de vida, nas mais difíceis missões que me foram impostas superiormente e cumpridas todas as vezes, mas com o sentido claro da sua inutilidade pensava eu».
E acrescentou, na missiva que me endereçou (bem haja!), que aí procura retratar, de modo especial, «o dia-a-dia no isolamento total, as angústias, medos e receios da morte, as dores físicas e as outras que não se vêem, as interiores, as da alma, que marcaram uma juventude sacrificada à intolerância de um Ditador».
Praia das Moitas
Tal como se previra, a marina veio introduzir grandes alterações no movimento das águas na baía de Cascais. Bem se avisou dos inconvenientes, mas… havia estudos, simulações e… tudo iria dar certo, sem problemas!...
Queixam-se agora os pescadores desportivos, porque estão «areadas» as rochas até ao Cabo Raso e não há quem consiga apanhar polvos ali. E as praias de Cascais e dos Estoris ora têm areia ora não.
Praia agradável na última semana de Agosto, em que o Verão quis dar um arzinho da sua graça, foi, com bandeira azul, a das Moitas, entre a piscina Alberto Romano e o quebra-mar do Monte Estoril. Simpático ponto de encontro, registou mar de gente e, num dos dias, até muitos cardumes ali vieram, à babugem, fazer saudação aos banhistas. Servida pelo parque de estacionamento à entrada do Parque Palmela e o belíssimo túnel, com azulejos do mestre Nadir Afonso, até nos faz esquecer as Três Parcas que, ameaçadoras, se erguem lá em cima!...
Publicado em Jornal de Cascais, nº 280, 07-09-2011, p. 4.
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