E se a primeira me provocou fartas
gargalhadas (no fundo, de riso bem amarelo…), a segunda estava entretecida de
cenas cómicas do nosso quotidiano e, para mim, o mais importante foi sentir
quanto fora cativante para esses actores terem conseguido pisar o palco (alguns
fizeram-no agora pela primeira vez!), enfrentar o público e, de modo especial,
terem ocupado o seu tempo nos ensaios e, por conseguinte, muito terem aprendido
numa vida em comunidade.
Veio, pois, a talhe de foice ter ido
procurar tema para este apontamento e se me apresentar esta notícia, datada de
Fevereiro de 2012:
«A récita “Bordeira é isto!” marca encontro com a boa
disposição no Cine-Teatro São Brás, no próximo sábado, dia 11, pelas 21h30,
para mais um grandioso espectáculo de teatro de revista, interpretado pelo
grupo de teatro amador da Sociedade Recreativa Bordeirense.»
E
acrescenta a nota então divulgada pelo Gabinete
de Imagem, Documentação e Informação da autarquia:
«Formada
há mais de 7 décadas, a Sociedade Recreativa Bordeirense é uma associação
cultural sem fins lucrativos, que se dedica à participação e realização de
eventos culturais. O teatro amador foi uma das artes acarinhadas desde o início
da formação do grupo, mantendo-se viva até hoje por membros de todas as
idades».
Porque
repesco este assunto agora? Pelo seu amplo significado: primeiro, porque é S.
Brás a dar a mão a Bordeira, que não é do concelho, mas é como se fosse;
depois, porque as representações teatrais, com todo o seu cortejo de
preparação, de redacção dos textos, de escolha do guarda-roupa, de crítica social,
de divertimento, enfim, constituem excelente meio de criar comunidade.
Apoiar
as colectividades e as entidades que decidem fazer teatro representa, pois, um
relevante serviço por parte das autarquias. E há que aplaudir!
[Publicado em Notícias de S. Braz (S. Brás de
Alportel), nº 198, 20 de Maio de 2013, p. 21].
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