Refood
Continua
a organização Refood a sua
importante missão de distribuir por famílias carenciadas o que sobra dos
restaurantes e que seria desaproveitado. Toda uma equipa de voluntários e,
naturalmente, um conjunto de
procedimentos que vai desde a recolha ao acondicionamento e à entrega.
Em
estreita colaboração com a galeria
do Casino Estoril e mediante o prestimoso apoio de artistas habituais na
galeria que se disponibilizaram para mui significativo abatimento nos preços, a
exposição patente no ‘hall’ do Casino
obteve enorme êxito e vendas, cujo produto reverteu para a Refood.
No
Salão Preto e Prata, nesse mesmo dia 26, o Tributo a José Mário Branco teve mui
luzida assistência (o salão quase esgotou!), até porque era de luxo o elenco
dos artistas que graciosamente entraram na festa: Pedro Branco, filho de José Mário
Branco; Rogério Charraz; Fernando Pereira, proprietário da Taverna dos Trovadores;
Mafalda Arnauth; Maria Ana Bobone; e, após o intervalo, Kátia Guerreiro, de elegante
fato-macaco escuro; Diogo Branco, neto do homenageado, que disse a ‘Carta ao
Zeca’; Mafalda Sacchetti, que actuou também com Pedro Branco e Rogério Charraz;
Diana Castro, de casaco branco comprido sobre fato-calça preto, a disfarçar a
gravidez, que se fez acompanhar só à viola, em «Volta para trás!»; Edu Mundo e
Júlio Resende, este com o seu jeito de se inclinar sobre o piano, qual
divindade que venera; «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»: só Júlio Resende
no improviso que nem sequer ele sabia bem como iria terminar – e foi um
espectáculo!
O
momento final, todos no palco: «Quando eu for grande!».
Grande
é a organização Refood no seu projecto
– a merecer todo o apoio que ora lhe foi dado. E mais tem de vir!
José Mário Branco deve ter apreciado deveras!
José Mário Branco deve ter apreciado deveras!
Kátia Guerreiro. [Foto Casino Estoril] |
Exposições
Na
galeria do Casino, estiveram, até segunda, 9, trabalhos de dois dos
responsáveis da Oficina de Desenho, centro de ensino artístico em Cascais: Rui
Aço, com «Modéstia Laica», acrílicos de fundo negro onde se passeiam traços e
irrequietas manchas de cor; e Marita Moreno Ferreira, com «Apenas Enredos», em
que se integram as séries Bruxas (mimosos desenhos), Serpentes, Strange
Creatures, Birds, Rosas e Fishing Things…
Ambos
com longo currículo de exposições individuais e colectivas.
De Rui Aço |
De Marita Moreno Ferreira |
José d’Encarnação
Publicado em Costa do Sol Jornal (Cascais), nº 319, 2020-03-11, p. 6.
O oportuno texto, dividido em dois, de um historiador, arqueólogo, epigrafista, não esconde a sua veia jornalística neste constante afã de reportar os acontecimentos importantes do concelho: a exposição de pintura revertendo a favor da Refood, organização tão importante de apoio aos mais carenciados, e o espectáculo de tributo a José Mário Branco, que partiu há pouco do mundo dos vivos. Mas a nota humorística de "retirada", em Milão, das personagens de uma reprodução de A Última Ceia de Da Vinci, também vem a propósito poara aliviar um pouco a tensão justificada que o mundo vem encarando. Um abraço, amigo.
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