E falta a sua evocação
José d’Encarnação
Publicado em Costa do Sol Jornal (Cascais), nº 342, 2022-01-26, p. 6.
E falta a sua evocação
José d’Encarnação
Publicado em Costa do Sol Jornal (Cascais), nº 342, 2022-01-26, p. 6.
José d’Encarnação
Publicado em Notícias de S. Braz [S. Brás de Alportel], nº 302, 20-01-2022, p. 13.
José d’Encarnação
Publicado em Renascimento (Mangualde), nº 814, 15-01-2022, p. 12Enorme, Frankie vai até ao púlpito e, perante o assombro amedrontado dos participantes, faz o discurso. Conta como é que a sua espécie se extinguiu e avisa que, a continuarmos assim, também a espécie humana depressa se extinguirá. «Não escolham a extinção!», suplica no final, «já basta o que nos aconteceu!».
Afina pelo mesmo diapasão o habitual postal de Boas Festas, enviado aos seus amigos pelo Doutor Jorge Paiva, do Instituto Botânico da Universidade de Coimbra, acérrimo paladino da biodiversidade.
Flores de pau-brasil |
Não há – sabemo-lo bem – dia nenhum em que não sejamos acordados com a notícia de inundações, os glaciares da Antártida a desfazerem-se, um tufão, um terramoto, um ciclone, um espojinho… Espojinho era o nome que se dava, no campo, a um remoinho, que nos levava o chapéu pelos ares, nos arrebatava num ápice as folhas da mão. Era! Agora, os espojinhos são tornados que, de um momento para o outro, vindos do nada, tudo viram do avesso!...
Há que agir.
Já.
«Se nada for feito», conclui Jorge Paiva no seu bilhete postal, «a desertificação aumentará drasticamente; os ciclones aumentarão em número e violência e os incêndios florestais serão mais devastadores. Chegará o momento em que não haverá para onde migrar, pois vivemos numa enorme gaiola e não há planeta próximo com condições para a vida humana. Actualmente, somos já uma espécie vulnerável».
José d’Encarnação
Publicado em Renascimento (Mangualde), nº 813, 01-01-2022, p. 12.