O lançamento da colecção Patrimónios de Cascais no passado sábado, 25, num emblemático espaço – a Sala de Música do Museu dos Condes de Castro Guimarães – foi pretexto para, de novo, se olhar para a apetência que, ao longo dos milénios, o Homem teve por estas paragens entre a serra e o mar.
Falou-se de património geológico e natural, de património arqueológico, das fortificações marítimas, da arquitectura de veraneio na vila de Cascais e da arquitectura modernista (mormente no Estoril). Exemplos de um passado-memória que importa salvaguardar e divulgar pela investigação e através de iniciativas como esta – que é de muito louvar.
A propósito, permita-se-me que recorde que ocorreram, em 1986, as comemorações dos 75 anos do turismo em Portugal. Entre as diversas iniciativas que proporcionaram registe-se a celebração, na Póvoa do Varzim, de 3 a 7 de Dezembro dessa ano, do III Congresso Nacional de Turismo. Dir-se-á que das suas conclusões consta a primeira grande chamada de atenção para o turismo cultural, que assenta precisamente na valorização do património nas suas mais diversas vertentes. E nessa altura se procurou fazer a história do turismo em cada uma das zonas do País onde essa actividade fora marcante. O Estoril – então ainda Costa do Sol – não podia, pois, deixar de marcar presença, até porque era Secretário de Estado o Doutor Licínio Cunha, que fora presidente da Junta de Turismo local.
Convido-o, pois, leitor amigo, a – se o tema for do seu agrado e interesse – juntar-se a mim na evocação dessa história (que outros, mais tarde, viriam a evocar também). A minha comunicação, «Para uma história do turismo no Estoril», publicada que foi nas actas [III Congresso Nacional de Turismo – Documentos, Porto, 1986, p. 64-73], está disponível no endereço
http://hdl.handle.net/10316/13803
J. d’E.
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