Padre José Maria Loureiro
Passou a 29 de Maio o centenário do falecimento do Padre José Maria Loureiro, que foi, durante 46 anos (1865-1911), prior da freguesia da Nossa Senhora da Assunção, de Cascais, e cuja benemerente acção religiosa e cultural muito engrandeceu a vila.
O acólito José João Loureiro, que muito se tem dedicado à história religiosa do concelho, teve ocasião, no dia 28, de salientar os aspectos mais significativos da obra do insigne sacerdote, após a missa solene mandada celebrar, nesse dia, pela Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.
Houve, depois, romagem ao cemitério da Guia, onde, em «coval doado pela municipalidade», jazem os seus restos mortais.
Sobre a campa, uma lápide
tem gravado o reconhecimento da Associação de Socorros Mútuos de Nossa Senhora da Assunção (fundada a 1 de Fevereiro de 1870) e da Associação Humanitária Recreativa Cascaense, associações a cuja criação o Padre Loureiro deu também grande apoio.
Eco-cabana
Está agora aberta durante a semana – e não apenas ao fim-de-semana – a eco-cabana sita perto da entrada do Parque Marechal Carmona.
Um hino à biodiversidade; um louvor da cortiça como produto natural de múltiplas aplicações e a reciclar; um convite a que se usufrua, a pé, o Parque Natural Sintra-Cascais, com sugestões de percursos.
Iniciativa de interesse, inaugurada a 17 de Fevereiro de 2009, na sequência de o seu projecto ter vencido o concurso “Prémio Ideias Verdes Água de Luso – Expresso 2007”. Trata-se, no fundo, como se pôde ler na informação veiculada quando abriu, de «um modelo de habitação com reduzida pegada ecológica, modular, construída com materiais reciclados ou recicláveis, e pode ser usada como qualquer edifício convencional; funciona com recurso a energias alternativas e tem gestão própria de consumo eléctrico e de água a partir de um dispositivo electrónico».
Diante da eco-cabana, há mesmo um posto de abastecimento de energia para veículos eléctricos.
Vale a pena, pois, dar lá uma saltada com as crianças, antes dos momentos maiores de distensão no parque anexo.
Jogos tradicionais
E já que se fala do Parque Marechal Carmona, insista-se no facto de haver ali espaços para a prática de jogos tradicionais.
Houve, como se noticiou, nos dias 21 e 22 de Maio, o 4º Encontro Nacional de Jogos Tradicionais, nacionais e internacionais. Ali se jogou à malha, ao burro, à macaca… Mas há tabuleiros para damas e xadrez; terreno para a laranjinha ou a petanca… Nada falta! Ou melhor, falta aliciar elementos da chamada “terceira idade” para irem lá aproveitar.
A Escrita a Postos, de Júlio Conrado
Com organização e prólogo de Floriano Martins, ilustrações de Carola Trimano, foi já o ano passado (2010) editado em S. Paulo (Escrituras Editora, ISBN: 978-85-7531-391-6) o livro A Escrita a Postos, de Júlio Conrado.
Recolhe a novela Era a Revolução (1977); a peça de teatro Corno de Oiro (2009); e uma selecção de ensaios publicados em Ao Sabor da Escrita (2001) e Nos Enredos da Crítica (2006).
Trata-se, como o próprio autor confessa, da «primeira incursão a sério em Terras de Vera Cruz» e muito folgamos com isso, pelo que significa de reforço da sua internacionalização (recorde-se, por exemplo, que Era a Revolução teve tradução francesa) e, além disso, pelas portas que assim se abrem para maior convívio entre os autores portugueses e brasileiros, independentemente de escreverem, ou não, segundo o novo acordo ortográfico!...
Publicado em Jornal de Cascais, nº 271, 15-06-2011, p. 6.
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