Cerimónia do 10 de Junho
Há males que vêm por bem. Escorraçadas do Largo Camões pela ganância economicista, as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades acabaram por ganhar, este ano, novo brilho. Tudo se passou no largo fronteiro aos Paços do Concelho, que se viu cercado de bandas vindas dos quatro cantos da vila, na presença de representantes das entidades locais que houveram por bem comparecer. As duas coroas de flores – da Câmara e da Sociedade Propaganda de Cascais – foram, em pequena romagem, depositadas aos pés da estátua do Épico, enquanto os clarins dos bombeiros tocavam a sentido. De regresso ao largo, procedeu-se ao içar das bandeiras, enquanto se entoava o hino nacional; um actor, vestido à Camões, disse as primeiras oitavas d’Os Lusíadas; o Presidente da Câmara passou revista à corporação de bombeiros perfilada e… bateram-se palmas. Ao Épico, a Portugal, à nossa vontade de, em cerimónia singela mas digna, mostrarmos que… ainda temos orgulho em ser Portugueses!
Paredão: arte, arranjos…
Engalanou-se o paredão para bem receber os veraneantes.
Além de se ter logrado terminar a tempo o arranjo das plataformas e das guardas que a fúria do mar destruíra, houve a 4ª edição da Artemar, concurso internacional de escultura que chama a atenção para a necessidade de preservarmos o mar, pois que as peças a concurso devem ser «construídas a partir de resíduos retirados do mar ou que representem este elemento natural» – mais um pretexto, portanto, para deleite e consciencialização. E, este ano, expuseram-se também painéis com a reprodução das peças mais significativas das três edições anteriores. Boa ideia!
Parques de estacionamento
No momento em que redijo esta nota, ainda não sei se já se paga o estacionamento no parque que serve, principalmente, o Parque Marechal Carmona e a Casa das Histórias Paula Rego. Não sei, por isso, se foi atendida a minhas sugestão de, praticando-se tarifas ‘sociais’ (digamos assim), esse parque poder ser considerado de ‘serviço público’, tendo em conta os equipamentos de cultura e lazer que serve.
Sei, porém, não porque a ESUC me haja respondido mas porque fui lá, que o parque frente ao Parque Palmela tem, na verdade, tarifas aceitáveis, contabilizáveis ao minuto. Congratulo-me.
Placa ALCOITÃO do ACP
Estiveram paradas durante anos as obras de reconstrução de uma casa saloia, à entrada de Alcoitão vindo de Manique. Marcava essa casa, em meados do século passado, a entrada no núcleo urbano da aldeia e ostentava, por isso, a placa azulejada ali manda colocar por iniciativa do Automóvel Clube de Portugal, com a indicação do topónimo: ALCOITÃO.
Sempre que passava por ali, tremia: «Será que vão ter a sensibilidade de a manter como documento histórico»?
Mantiveram. Como também não alteraram cognitivamente a traça original do casal.
Parabéns!
«Cai Água»
Publica o Núcleo de Amigos de S. Pedro do Estoril (NASPE) o seu boletim, a que deram o significado nome de Cai Água, que era o nome primitivo da povoação.
Tenho presente o nº 25, de Julho, que abre com uma bonita imagem do «anfiteatro» da Pedra do Sal ao pôr-do-sol e a propósito da qual a presidente do NASPE preconiza a reconstituição do moinho e da azenha que foram, afinal, o ex-líbris do sítio e lhe deram o nome – da água que deles corria sobre a falésia, para o mar…
Destaque ainda para duas sugestões: prende-se a primeira com a proposta de ser dado à Escola EB 1 de S. Pedro o nome da Profª Hortênsia Correia, benemérita que, há 51 anos, «com recurso à venda de património familiar, decidiu custear a construção de mais uma sala de aula»; refere-se a segunda a um apelo à cidadania: para além de se procurar evitar deitar lixo para a via pública (e há uma imagem impressionante nesse boletim), é muito fácil fazer um telefonema (que é gratuito – 800 203 186) para a EMAC, quando se verificar que, nesse aspecto, algo não está a correr bem.
Publicado em Jornal de Cascais, nº 272, 22-06-2011, p. 4.
Sem comentários:
Enviar um comentário