Falhei, mais uma vez, bem contra a minha vontade (mas a vida tem destes imprevistos!), a presença na Feira da Serra deste ano!
Lamento-me, porque sei quanto a iniciativa representa de importante no contexto do que, ao longo do ano, se faz no nosso concelho, para manter a tradição.
Nesse aspecto, os responsáveis camarários põem, na verdade, todo o empenho e esmeram-se no pormenor.
Não posso, pois, deixar de me congratular vivamente com o grafismo escolhido para o convite. Apreciei não apenas o relevante significado de ser em cortiça – e todos compreendemos porquê: a cortiça está na base da nossa identidade!
Apreciei também, de modo muito especial, o convite em papel, com aquela coloração de azeite virgem, a lembrar outra das nossas riquezas e tradições. Mas é que essa cor e o raminho de oliveira e as azeitonitas, a cabeça de alhos, o nosso pãozinho, as folhinhas de hortelã, a cebola, a garrafinha de azeite aromatizado com ervas… tudo isso nos faz crescer água na boca e nos regala com o que é verdadeiramente nosso e nos distingue! Para mais, não faltou, discreto, o símbolo da pertença do nosso concelho às cidades que integram a rede internacional do slowfood, do «comer devagar», desta vontade de nos sentarmos à mesa e comer com descanso, num saborear de iguarias…
«O tempero da tradição»! É-o a Feira da Serra. É-o a nossa vontade de acentuar identidade.
Parabéns!
Publicado em Notícias de S. Braz [S. Brás de Alportel], 20-08-2011, p. 15.
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