Caixa Geral de Depósitos, Cascais
Agência principal, no Edifício S. José, em pleno coração da vila. 1 de Agosto. Tirei a senha às 10.34 h para fazer um depósito que não podia ser feito na Caixautomática. Indicou-me que tinha 15 pessoas à minha frente. Sentei-me quando tive um lugar livre e ocupei o meu tempo a escrever, a planear e..a ouvir as queixas repetidas dos clientes diante dos 10 guichés de que apenas 5 tinham funcionários e, destes, só 4 atendiam o público. Só uma caixa, porém, para depósitos. Fui atendido às 11.20 h.
Uma inteligência normal saberia aplicar a máxima dos senhores ingleses: «Tempo é dinheiro». Mas… de inteligências normais andamos mui necessitados!
Festas do Mar
Grande êxito de afluência, a demonstrar, pelo menos, duas razões: programação do agrado da população; presença de muita gente em Cascais, os residentes que optaram por não demandar outras paragens e muitos turistas também. Num momento em que, por todo o País, se festejou – este ano mais do que nunca e sabe-se bem porquê… – um «Agosto a gosto», Cascais não deixou, assim, os seus créditos por mãos alheias. E o parque de estacionamento do Marechal Carmona (agora já pago) foi, mui louvavelmente, aberto à população.
Houve também a Feira do Artesanato. Dessa, porém, não posso falar, porque não conseguiram os responsáveis aliciar-me a isso e provarem-me, por exemplo, que seria diferente dos anos anteriores. Aliás – e que se me perdoe se estou errado – não vi por aí publicidade nem o dia da inauguração teve aquela pompa d’outrora, que bom pretexto era sempre para reencontro dos que velam e zelam pelo turismo local.
Novo logótipo da Câmara Municipal de Cascais
Sem alardes, sofreu leve modificação o logótipo da Câmara Municipal de Cascais: o C (que tanto pode ser de Cascais como de Carreiras como já o pudera ser de Capucho) tem novo desenho e acrescentou-se o dístico «Elevado às Pessoas».
Parece-me bem, num momento em que os poderes instituídos e os senhores que mandam (porque podem) de um modo geral não ligam importância às pessoas, que tratam como números. Queixava-se alguém que soubera pela Comunicação Social que não seria reconduzido nas funções que desempenhava. É prática corrente, essa, em todos os quadrantes políticos e a todos os níveis, desde o mais elevado. Uma simples chamada telefónica ou um sms ou um e-mail: «Amanhã, deixa de estar em funções. Arrume as suas coisinhas e vá-se embora».
Que Cascais volte, pois, a ser exemplo – e se eleve às pessoas!
Aliás, gosto particularmente do verbo e do seu significado último: ao tratar os munícipes como pessoas, o Executivo eleva-se, não se rebaixa! As pessoas estão no alto!
Não posso deixar de vivamente me congratular!
Um ginásio na Guia
Também sem alarde (que eu tenha visto) se implantaram aparelhos para a prática de exercícios físicos no miradouro da Guia. Aparelhos simples, sólidos (na esperança de que a gandulagem os não estrague), para uns 30 minutos de pausa e de manutenção. Abençoada ideia!
Creio que os aparelhos do paredão irão sofrer também alguma remodelação, entretanto, uma vez que boa parte deles carece de manutenção.
Congratulo-me por este inteligente apelo à população para que usufrua do espaço público – que muito há por aí para espairecer. Em todos os bairros e lugares!
AAS – o boletim
Chama-se Os Antigos Alunos, vai na sua 13ª série, e – como publicação periódica dos Antigos Alunos Salesianos do Estoril – dá conta das suas actividades. Realce, neste número de Julho passado, a reportagem sobre o 59º Dia Nacional do Antigo Aluno de D. Bosco, que se realizou no Estoril a 18 de Junho. Cento e vinte participantes vindos de vários centros do País, desde o Funchal a Poiares da Régua!...
D. Diogo de Meneses
Saudei com todo o gosto o senhor D. Diogo de Meneses, imortalizado em estátua de bronze, da autoria de Augusto Cid, no jardim fronteiro à Cidadela de Cascais. Ali está, discreto, desde 18 de Maio do ano passado, mas merece, de facto, uma saudação especial, ainda que já ali esteja há tantos meses. Heróico defensor da fortaleza de Cascais, quando, em 1580, os espanhóis, desembarcados na Laje do Ramil (ali ao pé do actual Laboratório Marítimo da Guia), nele encontraram o primeiro foco de resistência, que lhe valeu a morte.
Digna homenagem que faltava a um dos nossos heróis!
Campeonato de Portugal da Juventude
De 5 a 7 de Agosto, com a habitual solenidade e brilhantismo, decorreu no Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais. Uma das poucas iniciativas deixadas à Sociedade Propaganda de Cascais, que, desde os tempos da fundação, ao hipismo tem dado o melhor do seu entusiasmo.
Jorge Marcel (1931-2011)
A inexistência de uma rádio de proximidade e de órgãos de informação com uma rede de correspondentes ligados à comunidade faz com que só mui tardiamente algumas notícias se saibam, mormente aquelas que dizem respeito às pessoas naturais do concelho e que nele tiveram alguma acção relevante. Vai faltando memória!... Louve-se, por isso, a introdução na rubrica «Breves» do nº 51 (Julho/Agosto) da Agenda Cultural do município, de uma nota, na pág. 6, evocativa do passamento, a 14 de Março (!), do pintor cascalense Jorge Marcel.
Se, regressado a Cascais já na década de 80, o passámos a ver amiúde nas manifestações culturais do concelho, sempre com alguma irreverência, a imagem que mais dele guardo é a dos anos 60, altura em que Cascais fervilhou no domínio das Artes, inclusive com o incondicional apoio de Joaquim Miguel de Serra e Moura, presidente da Junta de Turismo da Costa do Sol. Nessa altura, a Junta sabia já o que era o turismo cultural e a sua galeria nas Arcadas, a fazer pirraça (passe a expressão) à galeria do Casino, tinha apertado programa de exposições e era ponto de encontro dos mais conceituados artistas plásticos da nossa praça. Jorge Marcel estava nesse grupo, que frequentemente tinha as suas tertúlias no café Boca do Inferno.
Que descanse em paz!
Publicado em Jornal de Cascais, nº 279, 31-08-2011, p. 4.
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