sábado, 10 de dezembro de 2011

Andarilhanças 27

Toponímia de Carcavelos
Prosseguem Manuel Eugénio e José Ricardo Fialho o projecto de cimentar comunidade, porque ensinar-nos o significado do nome da nossa rua em muito contribui para isso, para até sentirmos mais nosso o arruamento onde vivemos.
Depois de o terem feito em relação a Cascais (2009) e ao Estoril (2010), disponibilizam-nos agora, com o imprescindível apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, Toponímia da Freguesia de Carcavelos (2011). Quase 180 páginas, sempre com ilustrações referentes ao topónimo em análise, que se folheiam com prazer.
Parabéns!

Folhetos de muito louvar
Levei, há dias, um amigo que reside no Brasil a visitar a Casa das Histórias da Paula Rego. Apreciou os desenhos; horrorizou-se com o oratório (essa é, seguramente, a intenção da pintora: horrorizar, mostrando o universo em que se movimenta); deliciou-se com a tapeçaria «Alcácer-Quibir»; celebrou a arquitectura de Souto Moura.
Desanuviámos, depois, na vizinha ecocabana, excelente ideia. E foi a minha vez de apanhar tudo quanto era desdobrável disponível, um mundo de sugestões para… habitar o espaço público!
Alguns dos títulos (certamente outros haverá): Rota das Aldeias (em Sintra e em Cascais), Rota do Cabo Raso, Rota do Litoral do Guincho, Rota das Quintas, Rota dos Capuchos… O objectivo: «Sinta a Natureza»! A iniciativa vem de uma parceria que envolve as câmaras de Sintra e de Cascais (através dos Pelouros do Desporto), o Parque Natural Sintra-Cascais, o Turismo de Portugal e outras entidades.
Aplauda-se a iniciativa!

Ideia, sonho… realidade!
Um bem variegado manto de criatividade aconchegou brilhantemente a cerimónia da inauguração, no passado dia 30, dos novos equipamentos da Cooperativa O Nosso Sonho, em Outeiro de Polima.
Da extrema funcionalidade e modernidade do edifício (creche, infantário e pré-escolar) nem vale a pena escrever: primam pela excelência a que a equipa chefiada pela Dra. Fátima Souto já nos habituou.
Saliente-se, porém, quanto foi prazenteiro para os que pudemos estar presentes sentir o entusiasmo de educadoras e de petizes na apresentação das várias «cenas» com que, ao longo do percurso da visita, deliciadamente nos foram presenteando. E nós deliciadamente saboreámos!

Inundações
Sempre se chamou a atenção para as grandes alterações que a impermeabilização do solo provoca. Há, aliás, obrigatoriedade, para grandes obras, de se fazer a avaliação do impacte ambiental por técnicos especializados (Decreto-lei nº 6/2000, de 3 de Abril).
Terrenos de semeadura sitos na encosta de colinas, se são abundantemente preenchidos por construção, tornam-se canais de escoamento das águas pluviais outrora facilmente absorvidas pelas terras. E como tudo se mantém em declive e a construção desce até ao vale, a velocidade de descarga, aquando de chuvada repentina ou continuada, tem as consequências que bem se conhecem. E… aqui d’el-rei que tenho tudo inundado, máquinas estragadas, mobília sem aproveitamento possível!...
Assim, em Outeiro de Polima, nas traseiras da Saint Dominic’s School.

[Publicado no Jornal de Cascais, nº 293, 07-12-2011, p. 6].

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