Aguarelas de Vasco Bobone
Paulo Ossião teve ensejo de apresentar, a 3 de Março, perante luzida assistência, na Casa de Santa Maria, em Cascais, a exposição de aguarelas e o correspondente álbum (edição da Câmara Municipal de Cascais, com a colaboração do Turismo de Portugal) da autoria de Vasco d`Orey Bobone.
40 aguarelas, autênticos bilhetes postais, a mostrar as belezas da «linha de Cascais» da nossa costa, para nascente da vila. Exposição que esteve patente até ao dia 25.
Recorde-se que, na mesma galeria, o nosso mais consagrado aguarelista que ora falou do pintor, fez, em Março de 2009, uma exposição idêntica.
Linda, de facto, a orla marítima cascalense.
O tal recanto da Pampilheira
Sucedeu-se a correspondência entre os moradores e a Câmara Municipal de Cascais e, finalmente, tiveram-se ideias mais claras e promessas mais consistentes.
No espaço da Rua Mário Clarel, no Bairro da Pampilheira, que o urbanizador deixara livre (convém relembrar!), no âmbito das cláusulas estipuladas pelo alvará concedido, porque reservado a espaço de lazer para os moradores, vai, na mesma, obedecer-se a esse imperativo. A circunstância de se necessitar, com alguma urgência, de uma loja para fornecimento de comida, a preços módicos, levou a autarquia a enquadrar aí um pré-fabricado com esse objectivo, atendendo, inclusive, a que esses pratos, confeccionados perto, na creche da Pampilheira, estão provisoriamente a ser vendidos no Centro de Dia local, da Junta de Freguesia.
Aguardam os moradores que esta iniciativa em prol de uma instituição sem fins lucrativos acelere, agora, o processo do arranjo do local, por que se espera há mais de 20 anos. Foi prometido pelo Senhor Presidente da Câmara, em reunião concedida a representantes dos moradores, que ambos os processos iriam agora caminhar em consonância e que os serviços camarários rapidamente estariam habilitados a apresentar a proposta final de integração, para colher opinião dos vizinhos.
Cuidados continuados
Tinha a Residência Sénior, da Santa Casa de Misericórdia de Cascais, a valência dos cuidados continuados, que tanta falta faz. Um idoso intervencionado não pode, sem mais, voltar ao seu agregado familiar, mormente porque já lá não está quem possa cuidar dele: a esposa, quando ainda existe, é idosa também ela, e os filhos, se ainda empregados, têm vida de tal modo ocupada que tomara eles terem quem os ajude a cuidar dos filhos pequenos!...
Parte do problema se resolveria em Cascais se a referida valência, devidamente apoiada pela Segurança Social, tivesse podido concretizar-se. Concretizou-se, aliás; mas por muito pouco tempo, porque a Segurança Social não honrou o compromisso e o acordo teve de ser denunciado.
Pensou-se que seria muito boa ideia o «hospital velho» vir a acolher uma unidade com essas características. Nem sempre, porém, as aparentes boas ideias têm aceitação. E, desocupadas, as instalações – que, na sua origem, também resultaram de uma acção benemérita «para o povo» (é bom lembrar!) – degradam-se dia após dia, sem utilização. Tudo é complicado de mais numa engrenagem mal oleada…
Portanto, com muita sorte, um debilitado nonagenário saído do hospital de Cascais, sem condições para estar em casa, aguardou pouco mais de três semanas para ser instalado nos cuidados continuados mais próximos disponíveis: no Montijo!...
«O Nosso Sonho» fez 25 anos
Manhã de domingo, 25, no Largo de Tires. Animação a rodos, comunidade escolar em peso, alegria esfusiante, entusiasmo enorme de miúdos e graúdos. A festa! Num casal saloio ao lado, nascera O Nosso Sonho há 25 anos, no âmbito de uma Iniciativa Local de Emprego, graças ao dinamismo de dez jovens de escassos recursos e cheias de vontade.
Hoje, realidade enorme, família gigantesca, uma… lição! Em aldeia enfronhada no coração de um concelho oficialmente pleno de felicidade e onde (dizem!) há riqueza para dar e vender. A realidade a que O Nosso Sonho há 25 anos procura dar a volta é, na verdade, bem diferente!
Que nunca esmoreçam!
[Publicado no Jornal de Cascais, nº 308, 04-04-2012, p. 6].
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