A educação para a atenção, para a curiosidade é, sem dúvida, de uma relevância que não sofre contestação. Amiúde, nos confrontamos com a frase «Tem graça, nunca tinha pensado nisso!», dita por nós e pelos nossos interlocutores. Ou seja: nunca nos tínhamos posto a questão e, afinal, com muita frequência, o mais importante não é resolver os problemas, é tomar consciência deles, equacioná-los correctamente; assim, a solução virá com mais facilidade.
Chamei a atenção da Câmara de Cascais para a placa identificativa de direcções, plantada numa das rotundas da Av. A. Amaro da Costa, que o vento vira com a maior das facilidades. Os técnicos foram lá e puseram-na direita; assim se manteve até à primeira rabanada. Isto é, não se puseram a questão: «Porque é que a placa vira?». Porque, se a tivessem posto, verificariam, com a maior das naturalidades, que uma haste vertical com quatro pesadas sinalizações de direcção de um só lado e sem frestas tem, forçosamente, de funcionar como… cata-vento! E, por isso, há que pôr duas hastes em vez de uma só. Nada mais simples!
Brinco, de vez em quando, em tertúlias, sobre o significado do e que aparece nas embalagens de líquidos e outras – veja-se a imagem. Pois ninguém, até esse momento, tinha reparado nele! E eu pergunto: «E que significa?». Claro que me dizem de imediato «Europa». E eu: «Quer dizer que são 33 cl… na Europa?». Cá está: toda a gente, algum dia, viu esse estranho e e nunca se pôs a questão «Que é que isto quer dizer?».
Significa «estimado», uma noção equivalente ao antigo ‘peso líquido’; isto é, dá uma indicação do volume ou do peso aproximado do que essa embalagem contém. Tal informação resulta da directiva comunitária – “Council Directive of 20 January 1976 on the approximation of the laws of the Member States relating to the making-up by weight or by volume of certain prepackaged products (76/211/EEC)” – onde se prescreve a colocação da letra e nas embalagens para indicar o estimated value do conteúdo: «A small "e", at least 3 mm high, placed in the same field of vision as the indication of the nominal weight or nominal volume, constituting a guarantee by the packer or the importer that the prepackage meets the requirements of this Directive» (ponto 3.3 do anexo I).
Publicado no Jornal de Cascais, nº 244, 23-11-2010, p. 6.
sábado, 27 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Carta aberta ao Sr. Presidente da Freguesia de Cascais
Perdoar-me-á, meu caro Amigo, se uso deste processo par fazer ouvir a minha voz, já que tantas outras vezes o tentei, debalde, junto dos serviços camarários. Mas, ao ler o anúncio do simulacro de incêndio «no posto da Galp | Cobre», para hoje, dia 16, achei que deveria voltar à carga sobre a necessidade de identificação do Bairro da Pampilheira, através da correcta colocação de placas na Avenida Adelino Amaro da Costa, tanto do lado norte como sul.
Ora vejamos a informação divulgada pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Câmara no dia 8. O título era o que indiquei; depois, escreveu-se que era no “desvio para o Cobre”, acrescentando-se que «o exercício implica o corte da circulação rodoviária na Av. Adelino Amaro da Costa entre as 11h30 e as 12h30, entre a rotunda junto ao Externato Europa e o triângulo de desvio para a Pampilheira».
Senhor Presidente: verificará que o Centro de Distribuição Postal, que está no coração da Pampilheira, tem oficialmente a indicação de que é no Cobre; verificará que a Clínica CUF, sita ao lado, também oficialmente está no Cobre (aliás, no talão do Multibanco, até vem que está em… Carnaxide!...). Nada tenho contra o Cobre, um lugar cuja população muito estimo e que já vem nos livros antigos, enquanto que Pampilheira é topónimo recente, depois do mais vulgar «Barraca de Pau» dos anos 40 e 50. Mas, Amigo, o posto da Galp está… na Pampilheira!
Dificilmente haverá na sua freguesia um bairro que esteja tão bem delimitado (apesar de a incompetência dos técnicos camarários e a impotência dos serviços manterem o impedimento de passar directamente do lado oriental para o lado ocidental em viatura). A poente, é a Rua Joaquim Ereira; a sul, a Av. Raul Solnado; a norte, a Rua do Cobre; a noroeste, a R. Dr. Manuel Costa Matos (com as pedreiras adjacentes que ainda lhe pertencem); a nascente, a Ribeira do Cobre, afluente da Ribeira das Vinhas, e a sua margem esquerda em declive.
Amigo Presidente: vá lá, que lhe puseram na Pampilheira a nova creche e infantário, que eu até estava com medo de malandragem também aí!... E, agora, é de usar a sua influência para repor o que está mal ou, parafraseando Pedro Abrunhosa, «vamos fazer o que ainda não foi feito!».
Publicado no Jornal de Cascais, nº 243, 16-11-2010, p. 6.
Ora vejamos a informação divulgada pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Câmara no dia 8. O título era o que indiquei; depois, escreveu-se que era no “desvio para o Cobre”, acrescentando-se que «o exercício implica o corte da circulação rodoviária na Av. Adelino Amaro da Costa entre as 11h30 e as 12h30, entre a rotunda junto ao Externato Europa e o triângulo de desvio para a Pampilheira».
Senhor Presidente: verificará que o Centro de Distribuição Postal, que está no coração da Pampilheira, tem oficialmente a indicação de que é no Cobre; verificará que a Clínica CUF, sita ao lado, também oficialmente está no Cobre (aliás, no talão do Multibanco, até vem que está em… Carnaxide!...). Nada tenho contra o Cobre, um lugar cuja população muito estimo e que já vem nos livros antigos, enquanto que Pampilheira é topónimo recente, depois do mais vulgar «Barraca de Pau» dos anos 40 e 50. Mas, Amigo, o posto da Galp está… na Pampilheira!
Dificilmente haverá na sua freguesia um bairro que esteja tão bem delimitado (apesar de a incompetência dos técnicos camarários e a impotência dos serviços manterem o impedimento de passar directamente do lado oriental para o lado ocidental em viatura). A poente, é a Rua Joaquim Ereira; a sul, a Av. Raul Solnado; a norte, a Rua do Cobre; a noroeste, a R. Dr. Manuel Costa Matos (com as pedreiras adjacentes que ainda lhe pertencem); a nascente, a Ribeira do Cobre, afluente da Ribeira das Vinhas, e a sua margem esquerda em declive.
Amigo Presidente: vá lá, que lhe puseram na Pampilheira a nova creche e infantário, que eu até estava com medo de malandragem também aí!... E, agora, é de usar a sua influência para repor o que está mal ou, parafraseando Pedro Abrunhosa, «vamos fazer o que ainda não foi feito!».
Publicado no Jornal de Cascais, nº 243, 16-11-2010, p. 6.
sábado, 13 de novembro de 2010
Sentar-se diante da Beleza…
Acto prosaico, dir-se-ia. Sentar-se!... Numa época em que se luta pela máxima rapidez, convidar alguém a sentar-se soará a escandalosa ignomínia, a passividade anacrónica, quando, à nossa volta, tudo gira em turbilhão…
Acontece, porém, que sentar-se, por exemplo, à beira-mar, ouvindo o incessante marulhar das ondas, mirando o suave deslizar das gaivotas e aquele barco, na linha do horizonte, a demandar outras paragens… constitui, no meio do quotidiano frenesim, pausa reconfortante e salutífera. E a admiração das flores no jardim?!...
Luta-se por ter um curso, a aprender e a apurar as técnicas; luta-se, depois, não menos intensamente, para as ensinar aos estudantes, para lhes mostrar como se reproduz Beleza, se misturam cores, se anotam subtis pormenores pejados de simbolismo. Anos a fio!... Até que, um dia, terminada a canseira de reuniões e de currículos e de serões e de programas a cumprir, nos podemos, finalmente, sentar – a saborear, também nós, a Beleza que aos outros em borbotões dispensámos.
Assim Maria Adélia Coelho, professora, artista – em mais uma exposição da sua criatividade, simbiose plena das influências hauridas ao longo da vida.
Flores em botão, singulares, em dádiva: rosa fogo, rosa amarela, azul, flor-poder!... O nu, desprendido, furtivamente captado, diário gesto banal mas elegante. Sofrido grito feminino – «Dor!» – a perguntar porquê, em eco pelas quebradas… que, mais além, a intimista pensadora há-de escutar e tornar consciente.
Seduz-me «O Sonho da Flor»:
gérmen, óvulo azul de seios úberes sob uma jóia de embelezar mulher que se esconde… No ventre, botões de rosa em jeito de mui apetecida oferenda. Extasio-me, comungo!...
0 0 0
Admiro o pescador sentado na humidade da fraga, à espera que o peixe morda o isco. Admiro por igual os pintores: diante do cavalete, todo um percurso se convoca, em serena explosão de cor, de sentimentos, de ternura… Tudo convocam, tudo nos oferecem!
Assim Maria Adélia Coelho: professora, artista… Mulher! No convite a que nos sentemos diante da Beleza!
Cascais, 7 de Novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Os ofícios, as pessoas!
Sob a eficiente coordenação da Dra. Marlene Guerreiro, iniciaram, aqui há tempos, os responsáveis pela agenda cultural do concelho – seguramente, uma das mais selectas e bem organizadas agendas culturais municipais que se publicam por esse Portugal – a rubrica a que deram o título de «À descoberta dos ofícios tradicionais». O último apontamento terá sido o de Dezembro de 2009, em que se falou de Tonico da Caldeira e os segredos da aguardente.
Durante muitos meses tivemos, pois, a oportunidade de ver enaltecidas pessoas e os seus saberes ancestrais, que, em boa hora também, o Centro de Artes e Ofícios acabaria por parcialmente consubstanciar na exposição ali patente até Fevereiro do ano corrente.
Temos ideia de que será, sem dúvida, intenção da Câmara, através do seu pelouro da Cultura, vir a reunir em livro essas bem elucidativas reportagens, independentemente de elas continuarem a estar disponíveis na página camarária da Internet. Um livro é sempre um livro, mais palpável, e, neste caso, será um livro «com pessoas dentro», pessoas nossas conhecidas, com quem nos cruzamos na rua e que guardavam segredos únicos que, desta forma, acabaram por amavelmente nos transmitir.
Um património imaterial assim mui sabiamente posto em relevo!
Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel], nº 142 (Nov. 2010) p. 10.
Durante muitos meses tivemos, pois, a oportunidade de ver enaltecidas pessoas e os seus saberes ancestrais, que, em boa hora também, o Centro de Artes e Ofícios acabaria por parcialmente consubstanciar na exposição ali patente até Fevereiro do ano corrente.
Temos ideia de que será, sem dúvida, intenção da Câmara, através do seu pelouro da Cultura, vir a reunir em livro essas bem elucidativas reportagens, independentemente de elas continuarem a estar disponíveis na página camarária da Internet. Um livro é sempre um livro, mais palpável, e, neste caso, será um livro «com pessoas dentro», pessoas nossas conhecidas, com quem nos cruzamos na rua e que guardavam segredos únicos que, desta forma, acabaram por amavelmente nos transmitir.
Um património imaterial assim mui sabiamente posto em relevo!
Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel], nº 142 (Nov. 2010) p. 10.
Informar pela positiva
Recebo diariamente as primeiras páginas dos jornais.
Num deles, a primeira página traria, a 27 de Outubro, os seguintes títulos:
– Morre a caminho de assinar divórcio
– Felgueiras: Jogo fatal para jovem
– Gaia: Colhido à porta da escola
– Lisnave: Homem electrocutado
E no mesmo jornal, no dia seguinte:
– Covilhã: Furtava em residências
– Faro: Queda mortal de idoso
– Porto: Fogo em casa intoxica
– Lever: Acidente fere quatro
– Ermesinde: Agredido em assalto
E pensei de mim para comigo: que país este, onde, em primeira página, só desgraças acontecem? Daí a deduzir que, primeiro, eram as desgraças que chamavam os leitores (adoramos sentir as dores alheias!...) e, segundo, que poderia haver, por detrás de toda essa chamada de atenção, uma maquinação diabólica lançada no sentido de cada vez mais nos menosprezarmos como país, como comunidade vivendo – como dantes se dizia – num jardim à beira-mar plantado...
Acho que há maquinação. Acho que devemos lutar contra ela. E aplaudo, por isso, os programas televisivos que estão a ser passados ultimamente, em que se fala do regresso ao campo, em que se mostram exemplos de optimismo e de mui válidas iniciativas.
E certamente também não foi indiferente a essa onda de pessimismo desenfreado (telecomandado, não tenhamos dúvidas!...) que recebi uma outra mensagem, intitulada «Eu conheço um país», veiculando (anotava-se) um texto de Nicolau Santos, director-adjunto do Expresso, em que se mostrava muito do que Portugal tem de bom. Dou apenas quatro exemplos:
«Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.»
Somos nós, os Portugueses!
Publicado no Jornal de Cascais, nº 242, 9-11-2010, p. 6.
Num deles, a primeira página traria, a 27 de Outubro, os seguintes títulos:
– Morre a caminho de assinar divórcio
– Felgueiras: Jogo fatal para jovem
– Gaia: Colhido à porta da escola
– Lisnave: Homem electrocutado
E no mesmo jornal, no dia seguinte:
– Covilhã: Furtava em residências
– Faro: Queda mortal de idoso
– Porto: Fogo em casa intoxica
– Lever: Acidente fere quatro
– Ermesinde: Agredido em assalto
E pensei de mim para comigo: que país este, onde, em primeira página, só desgraças acontecem? Daí a deduzir que, primeiro, eram as desgraças que chamavam os leitores (adoramos sentir as dores alheias!...) e, segundo, que poderia haver, por detrás de toda essa chamada de atenção, uma maquinação diabólica lançada no sentido de cada vez mais nos menosprezarmos como país, como comunidade vivendo – como dantes se dizia – num jardim à beira-mar plantado...
Acho que há maquinação. Acho que devemos lutar contra ela. E aplaudo, por isso, os programas televisivos que estão a ser passados ultimamente, em que se fala do regresso ao campo, em que se mostram exemplos de optimismo e de mui válidas iniciativas.
E certamente também não foi indiferente a essa onda de pessimismo desenfreado (telecomandado, não tenhamos dúvidas!...) que recebi uma outra mensagem, intitulada «Eu conheço um país», veiculando (anotava-se) um texto de Nicolau Santos, director-adjunto do Expresso, em que se mostrava muito do que Portugal tem de bom. Dou apenas quatro exemplos:
«Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.»
Somos nós, os Portugueses!
Publicado no Jornal de Cascais, nº 242, 9-11-2010, p. 6.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Eu quero ser paralelo!
– Então e o menino Adilson que quer ser quando for grande?
– Eu, professora, eu quero ser paralelo!
– Paralelo?
– Sim, professora, é o que rende mais!
– Como assim?
– Eu conto, professora. Lá em casa, papai e os amigos, quando falam na vida e nos negócios que fazem, falam sempre que é bom é ser no paralelo, dá mais lucro, não paga imposto… é bom mesmo! Por isso, eu quero ser paralelo, já disse a papai que quero ser.
Esta era uma das muitas histórias que circulava no Rio de Janeiro, quando lá estive pela primeira vez, em 1989. Aliás, íamos bem avisados: só trocas uns dolarezitos de cada vez, e sempre no paralelo, que de resto informam na televisão qual é o câmbio, que está sempre a mudar – e compensa!
Alembrei-me desta quando ouvi, outro dia, falar do problema da Grécia, que não conseguiu arribar porque, primeiro, a receita do IVA ficara muito aquém do que se previra no orçamento; segundo, porque o combate à evasão fiscal – ao tal ‘mercado paralelo’ – não fora eficiente e não surtira os desejados efeitos.
Quando ainda temos pachorra para os noticiários das desgraças, damo-nos conta, a cada dia que passa, das inúmeras trafulhices perpetradas pelos grandes que se locupletaram (gosto da palavra!...). E andaram nisto anos a fio, sem que ninguém topasse a marosca. Como é que, na actual conjuntura, de impostos elevados, o vulgar cidadão há-de resistir, pois, a dar a sua facadinha no fisco?
«A História ensina-nos», escrevia eu na passada edição. Ámen!
Publicado no Jornal de Cascais, nº 241, 2-11-2010, p. 6.
– Eu, professora, eu quero ser paralelo!
– Paralelo?
– Sim, professora, é o que rende mais!
– Como assim?
– Eu conto, professora. Lá em casa, papai e os amigos, quando falam na vida e nos negócios que fazem, falam sempre que é bom é ser no paralelo, dá mais lucro, não paga imposto… é bom mesmo! Por isso, eu quero ser paralelo, já disse a papai que quero ser.
Esta era uma das muitas histórias que circulava no Rio de Janeiro, quando lá estive pela primeira vez, em 1989. Aliás, íamos bem avisados: só trocas uns dolarezitos de cada vez, e sempre no paralelo, que de resto informam na televisão qual é o câmbio, que está sempre a mudar – e compensa!
Alembrei-me desta quando ouvi, outro dia, falar do problema da Grécia, que não conseguiu arribar porque, primeiro, a receita do IVA ficara muito aquém do que se previra no orçamento; segundo, porque o combate à evasão fiscal – ao tal ‘mercado paralelo’ – não fora eficiente e não surtira os desejados efeitos.
Quando ainda temos pachorra para os noticiários das desgraças, damo-nos conta, a cada dia que passa, das inúmeras trafulhices perpetradas pelos grandes que se locupletaram (gosto da palavra!...). E andaram nisto anos a fio, sem que ninguém topasse a marosca. Como é que, na actual conjuntura, de impostos elevados, o vulgar cidadão há-de resistir, pois, a dar a sua facadinha no fisco?
«A História ensina-nos», escrevia eu na passada edição. Ámen!
Publicado no Jornal de Cascais, nº 241, 2-11-2010, p. 6.