terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Andarilhanças 29

Candeeiros desajustados
Causou admiração e, não se nega, algum mal-estar entre os comerciantes a escolha do modelo de candeeiros ora implantados no topo oriental da Rua Direita e na Rua Sebastião José de Carvalho e Melo, na vila de Cascais.
É que, apesar da modernidade dos seus estabelecimentos, essa zona mantém, do ponto de vista arquitectónico, um cariz vetusto, de linhas tradicionais, que, na verdade, não se compadece com o estilo ultra-moderno, de design, desses candeeiros. Requer-se para ali um tipo de candeeiro com desenho a condizer com o ambiente dos edifícios, para não chocar. Aliás, sempre foi essa uma das preocupações do Município no centro histórico (em que essa zona de pleno direito se inclui) e não se enxerga a razão para tal atropelo agora!

125 anos dos Bombeiros de Cascais
Em singela, mas mui significativa cerimónia, decorreu, no sábado, 17, no Teatro Gil Vicente, em Cascais, a entrega de emblemas aos sócios com 50 e 25 anos de membros desta Associação Humanitária.
Aproveitou-se a oportunidade para apresentar o livro Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascasse – 125 Anos ao Serviço da População, da autoria de Manuel Eugénio Fernandes da Silva.
Mais de 420 páginas, ilustradas e densas de informação acerca do que tem sido o percurso da instituição. A obra assume-se, pois, como uma reedição, corrigida e aumentada, da anterior, referente aos cem anos, datada de 1986, a que se acrescentaram as efemérides e dados relevantes até ao mês de Outubro passado. Mais actual não seria, pois, de esperar.
Uma narrativa pormenorizada, fecundo manancial para a história local, em que se não esquece o registo dos nomes de quantos têm contribuído para fazer singrar a Associação, nas mais diversas actividades (não é esquecido o brilhante desempenho do Grupo Cénico, por exemplo), assim como o Corpo de Bombeiros no seu constnate e abnegado papel de socorro e assistência à população.
Rama da Silva, presidente da direcção, para além das palavras de circunstância obrigatórias em tão lustroso acto, não quis deixar de referir que se espera para muito breve a inauguração das piscinas, que vão estar ao serviço não apenas dos sócios mas de toda a população.

Senhora da Boa Nova
O serviço da Câmara Municipal de Cascais que mais dificuldade tem em organizar-se é o que superintende na colocação de placas identificativas. Uma tarefa, aliás, que não é fácil, porque requer estudo, investigação não apenas nos documentos mas também no terreno; e nem sempre os responsáveis disso se aperceberão – e é pena! – mormente porque não estarão atentos ao que se escreve na Comunicação Social local, que não é assim tanta como isso e, de resto, mandam as boas práticas, em que a Câmara de Cascais sempre deu exemplo, até há um serviço de recortes que tem o cuidado de diligenciar no sentido de a informação acerca de anomalias identificadas chegarem a quem lhes pode dar remédio.
Não, não vale a pena falar das placas a identificar Pampilheira (e terminamos mais um ano, sem que se tenha encontrado disponibilidade para esse efeito) ou daquela que, frente à Clínica CUF, indica ‘beco sem saída’ numa rua que não é beco e que tem saída!... Refiro-me, agora, pela segunda ou terceira vez, à identificação do auditório da Senhora da Boa Nova na Galiza, onde se têm desenvolvido publicitadas actividades, designadamente na quadra natalícia. Está a placa direccional em S. João do Estoril e na grande rotunda à saída da auto-estrada; mas na rotunda junto ao auditório nada há, de forma que, se não se descobre o minúsculo letreiro por cima de uma porta lateral do templo, vai-se em frente e… cadê o auditório?
O mesmo se diga em relação ao lugar da Areia. Há, decerto, má vontade por parte de algum funcionário contra este simpático lugar, só pode ser! Onde é que há aí uma placa que indique a quem vem da auto-estrada ou da vila qual é a direcção a seguir? Não pensaram assim, na primeira metade do século XX, os senhores do Automóvel Clube de Portugal que inseriram o nome da localidade em lugar de destaque na parede da capela de S. Brás; mas esses senhores andavam pelas estradas e isso faz toda a diferença!

[Publicado no Jornal de Cascais, nº 295, 21-12-2011, p. 4.

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