quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Era uma vez...

            Era uma vez um punhado de sonhadores, sólidos nas suas convicções, enraizados na terra que os vira nascer, conscientes da sua identidade… que heroicamente ousaram minar o sistema e… conseguiram!
            Foi há 100 anos!
            Alportel guindou-se a concelho; soltou as amarras e, com a ria à vista, sim, mas voltado sobretudo para os seus vergéis e para as fecundas árvores da sua Serra, deliberou vogar de motu proprio!
            E aqui chegámos, 100 anos volvidos!
            «Chegámos»?
            Não! – que «chegar» traz consigo a ideia de casa arrumada, conforto alcançado, pantufas à lareira!
           Chegámos, sim, mas para continuar partindo. Que largos são os horizontes, infinda a caminhada… E a Calçadinha aí está, a lembrar-nos, como António Machado, que se faz caminho a andar!

Senhor Presidente,
          Agradecemos ter-nos dado posse, pelo que esse gesto significa. E assumimos a responsabilidade de, durante este ano e o próximo, ajudarmos o barco a singrar:
 
  • fugindo dos escolhos – os actuais e os futuros;
  • desprezando sereias (cantam «belas», bem o sabemos, já lá diz o romanceiro popular);
  • apontando outras metas e mais outras e mais outras;
  • congregando esforços numa direcção comum!
         Temos programa traçado. Procuraremos, amigo Presidente, cumpri-lo com todo o rigor – para um centenário S. Brás de Alportel ainda mais exemplar no contexto dos municípios portugueses!
          Viu? Já arregaçámos as mangas!
          Vamos lá!

        Texto do breve discurso proferido, a 3 de Fevereiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de S. Brás de Alportel, por ocasião da tomada de posse da Comissão do Centenário, a que me deram a honra de presidir. Foi mui gentilmente publicado na íntegra na p. 10 do nº 181 (Fevereiro de 2014) do semanário VilAdentro (de S. Brás de Alportel), sob o título «Na rota do centenário», pois que a vila celebra este ano 100 anos da sua elevação a município, saindo da tutela de Faro.

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