Amiúde se considera património edificado apenas os palácios e suas envolventes, os castelos e fortalezas, as igrejas e mosteiros, as casas senhoriais…
S. Brás deu o exemplo de um novo conceito de património, ao reabilitar as fontes como lugares de memória, proporcionando, de novo, o seu delicioso usufruto como áreas de lazer. É que, na verdade, também equipamentos como esses são marcas que o Homem deixou, ao longo dos tempos, e constituem, por outro lado, sinais de uma identidade local.
Assim, a casa comum, a nossa casa, a casa de todos os dias, cuja traça, de um modo geral, até nem teve outro arquitecto que não a experiência secular, de aproveitamento dos materiais mais adequados, da implantação mais propícia atendendo aos ventos e à exposição solar.
Em S. Brás, também esse património está a ser encarado com a maior atenção e a renovação das casas de viver, além da manutenção das fachadas – com as cantarias, obra singular da nossa gente, e as datas da sua construção – respeitam agora os espaços interiores, os pormenores significativos, muito embora adaptando-os às novas necessidades.
O inventário e registo fotográfico exaustivo dessas datas e das siglas identificativas do proprietário deverá, pois, constar da programação cultural camarária, em estreita colaboração, se necessário, com as associações de defesa do património.
Publicado em VilAdentro, de S. Brás de Alportel, nº130, Novembro 2009, p. 10.
terça-feira, 9 de março de 2010
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