quarta-feira, 28 de março de 2012

Alfarrobeira de S. Romão – quem diria?

Constituiu para mim bem agradável surpresa.
Andava envolvido na pesquisa de saber a partir de que época da Humanidade aparecera o pinheiro. Sabendo disso, Guilherme Cardoso encontrou num escrito de José Leite de Vasconcelos – vol. II da Etnografia Portugueza (Tentame de Sistematização), Imprensa Nacional de Lisboa, 1936, p. 68 – uns parágrafos que vinham ao encontro dessa investigação, pois se referia à antiguidade do pinheiro na Península Ibérica e anotava, até, os diferentes nomes por que se designava a maravalha (carumba, chamiço, gravalha…) por esse Portugal além.
Vai daí, ao correr da pena, aproveitava o ilustre etnólogo para se referir a outra árvore que, pela sua majestade, o maravilhara: a alfarrobeira, que «medra principalmente no Sul do Algarve» (p. 69), E, para ilustrar o apontamento, dá, na fig. 16, o exemplo: «entrada de uma quinta, sítio de S. Romão (S. Brás de Alportel, Algarve), onde se vê uma alfarrobeira», desenho de 1907 (!), que mui gostosamente ora aqui se reproduz.Nem de propósito! Investigava eu o pinhão e cai-me na mesa vetusta alfarrobeira que eu ia jurar ainda hoje existir por i, na minha terra!...
Aqui fica, pois, o desafio ao leitor: tem ideia de onde é que esta árvore está ou estava? Se sim, cá ficamos à espera da sua colaboração preciosa, para a história de São Romão e de S. Brás!

[Publicado em Notícias de S. Braz, S. Brás de Alportel, nº 183, 20-01-2012, p. 15].

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