sábado, 21 de novembro de 2015

Da falência à exportação!

             É voz corrente que português no estrangeiro faz das tripas coração, qualifica-se, trabalha bem, não hesita em lavar pratos ou limpar sarjetas, ainda que haja adquirido habilitações para tarefa específica e especializada.
            Ocorreu-me esse dito, ao ler a nota informativa que VilAdentro inseriu na edição de Julho de 2014, mui sucinta, como é seu timbre. Guardei o recorte:
            «A China e os Estados Unidos da América são os maiores clientes do sienito nefelínico da pedreira da Nave, em Monchique. Uma pedreira, em processo de falência, foi adquirida por espanhóis. Estes investiram e já exporta para vários mercados e a pedra é praticamente única no mundo».
            Não sei como evoluiu a situação, mas três palavras quero sublinhar: falência, exporta, única. A primeira desejaria vê-la bem longe de S. Brás; a última aplica-se a muitos dos nossos produtos; a segunda gostava de a ouvir mais vezes.
            Muito prezam os são-brasenses a colónia estrangeira que por cá optou residir. Mas… há sempre aquela dúvida a assaltar-nos: «Se eles conseguem, porque não conseguiremos nós?» Capacidade e imaginação – individuais e colectivas – não nos faltam. Quiçá menos obstruções burocráticas é que seriam de desejar. Urgentemente. Antes que o «sangue» se esvaia por essas fronteiras além!...
                                                                                  José d’Encarnação

Publicado em Noticias de S. Braz [S. Brás de Alportel], nº 228, 20-11-2015, p. 11.

 

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