segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Espalhou-se felicidade pelo salão!

              Domingo, dia 6, Dia de Reis, celebrou-se, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, o Concerto de Ano Novo.
            Actuou a Orquestra Sinfónica de Cascais, dirigida, como é habitual, pelo maestro búlgaro Nikolay Lalov, que desde 1998 se encontra entre nós e cuja actividade em prol da divulgação e ensino da música clássica é deveras notável e superiormente reconhecida.
            Escrevi «celebrou-se», porque, na realidade, mais do que um concerto propriamente dito, o maestro, através das apresentações que ia fazendo a cada um dos trechos a executar, quis que se compreendesse o significado das suas escolhas para esse final de tarde de domingo. E o tema foi a felicidade nas mais variadas circunstâncias de vida, desde o namoro ao casamento, a vida em comum, os contratempos, os altos e baixos… Enfim, tudo aquilo que poderia consubstanciar, neste dealbar do ano, o que iriam ser as semanas e os meses por vir.
            Claro, fundamentalmente um concerto no qual as valsas e as polcas marcaram presença. Celebraram-se assim, por exemplo, os 200 anos do nascimento de Jacques Offenbach (1819-1880) e Franz von Suppé (1819-1895), de quem foram tocadas a abertura da ida de Orfeu aos infernos e a abertura da opereta Pique Dame, respectivamente.
            Ouvíramos, a abrir, a marcha triunfal da entrada dos gladiadores de Jules Fucik, mas foi o vienense Johan Strauss (1825-1899) o astro, de que ouvimos nada mais nada menos do que 6 peças! As suas valsas contagiaram em pleno o público que enchia literalmente o Salão Preto e Prata. Não só! Também se via no rosto dos músicos transbordante alegria, a juntar ao enorme profissionalismo de que deram provas!
            Afinal, não só o público e o maestro estavam radiantes; sentimos que os próprios músicos gostaram de estar connosco nessas quase duas horas que o espectáculo durou.
            Foi o Concerto de Natal uma iniciativa do Casino Estoril em parceria com a Câmara Municipal de Cascais (através da Fundação D. Luís I).
                                                                                              José d’Encarnação
Publicado em Cyberjornal, 07-01-2019:

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