quinta-feira, 31 de março de 2011

Para ver melhor o que nos rodeia

No passado dia 1, Dia Mundial da Floresta, uma bióloga da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves [ http://www.spea.pt/pt ] ‒ falou, em improvisado auditório do Parque Urbano do Rio dos Mochos, em Cascais, da importância que detém a preservação das aves para o equilíbrio ambiental e, inclusive, para ser possível proporcionar ao Homem a deliciosa visão das suas plumagens e a variedade musical dos seus cantares.
Explicou medidas a tomar por cada um de nós no dia-a-dia: evitar o uso descontrolado de pesticidas, a caça desregrada, o corte de árvores… Sugeriu a criação de jardins com plantas, árvores e arbustos diversificados (fugir da tentação de pôr tudo relvado…); não facilitar a vida aos predadores (os gatos, por exemplo); pôr ninhos em locais adequados…
O público, várias dezenas de estudantes de três escolas do concelho; o pretexto (para além da celebração do dia), o lançamento da obra Aves da Ribeira dos Mochos, resultado de muitos anos de observação e de fotografias feitas por um dos vizinhos do vale ora sabiamente transformado em parque para deleite da população…

De 37 aves José Manuel Durão ali apresenta mais do que uma foto e faz breve descrição dos seus hábitos e aparência.
De muito aplaudir, portanto, esta edição camarária!


Assim como o é um outro livrinho, em jeito de bloco de notas, apresentado, no dia 24, no Museu do Mar, sobre as espécies vegetais da orla marítima cascalenses: um Guia de Plantas do percurso pedonal Cascais-Guincho, da autoria do Comandante Abel Melo e Sousa e da bióloga Maria Cristina Duarte.
Insistentemente venho chamando a atenção para esta maravilha da nossa orla, pérola de variegado colorido no cinzento monótono do lapiás, mormente desde que João de Carvalho e Vasconcelos publicou, na colecção camarária do VI Centenário (1964), o livro Vegetação Natural do Concelho de Cascais. É mosaico policromado que a Primavera faz o favor de acrescentar ao eterno tapete pitoresco duma orla marítima, donde apenas o chorão é intruso a erradicar.
E assim vamos apreciando melhor o que ainda nos rodeia!

Publicado no Jornal de Cascais, nº 260, 30-03-2011, p. 6.

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