sexta-feira, 13 de abril de 2012

Andarilhanças 43

Eunice Muñoz
Não pude participar, com muita pena minha, porque estava em serviço no Algarve. Mas, além do que li aqui no jornal, vi a eloquente reportagem disponibilizada por António Assunção na sua TVPortugal [ http://www.tvportugal.tv/ ]
Todas as homenagens prestadas no Espaço TEC, em Cascais, a personalidades que, ao longo dos anos, deram colaboração à companhia merecem aplauso, não apenas porque assim se faz história, mas também porque se mostra a quem no dia-a-dia o esquece que a Cultura é importante e que sem pessoas ela não medra!
Assim, Eunice! Um exemplo de tenacidade, de enorme força de vontade, na humildade plena de quem sabe partilhar. A inolvidável Eunice d’A Mãe Coragem de que a censura não gostou nem um bocadinho. Ou d’As Criadas, outro soco no estômago. Ou, mais recentemente, n’O Comboio da Madrugada. Eunice, a mostrar-nos que é pela afectividade, pelo entusiasmo diário que nos mantemos vivos!
Parabéns à homenageada! Parabéns ao TEC, na pessoa de João Vasco, o timoneiro dessas iniciativas no Espaço.

Largo do Cobre
Já percebi: água mole em pedra dura… Voltemos, pois, a deixar que a água corra sobre a pedra.
E a pedra, neste caso, é o projecto, solicitamente elaborado pelos competentes serviços camarários, para dar nova cara ao Largo do Cobre, vetusto bairro suburbano de Cascais. O tanque de lavar só atrapalha, o chafariz foi mudado de sítio, os contentores do ecoponto estão na paragem do autocarro, a praça de táxis fica num terreno impróprio.
Lindo, o projecto: ficava metade dos tanques, para se manter a memória do local; o ecoponto seria enterrado; o chafariz voltava à implantação original; à paragem de autocarros dava-se outra dignidade; e a praça de táxis ficava em local condigno.
Mas… o projecto não passou de exercício de arquitectura urbanística, pois que não terá seguido para as devidas instâncias. A EMAC não o incluiu no rol dos ecopontos a melhorar e, no Orçamento Participativo, ninguém apresentou para ali qualquer projecto, porque… já havia um, que até reunia consenso!
Terá desaparecido? Se sim, posso garantir que o Senhor Presidente Capucho submeteu cópia à minha apreciação. Eu achei bem. Eu guardo-a.

Pedreiras
Quando se inaugurou o Parque Mochos Sul, para aproveitamento do troço final do Rio dos Mochos, além de muito me haver regozijado com a ideia, até porque se previa também Mochos Norte, a poente do Bairro da Pampilheira, eu falei de imediato no projecto que havia para se rendibilizar o magnífico espaço a montante, onde outrora se explorara pedra. Havia as covas cheias de água; havia paredes com os bancos de azulino à mostra; havia toda uma vegetação autóctone, a que a proximidade do pinhal poderia emprestar ainda maior encanto, por ser habitat de nidificação da passarada.
Nesse âmbito, acrescentei, foi, em devido tempo, apresentado um projecto, de que aliás tomei a liberdade de dar conhecimento a quem de direito.
Aguarda-se.

[Publicado no Jornal de Cascais, nº 309, 11.04.2012, p. 4].

1 comentário:

  1. Boa noite Sr: Professor.
    Em relação ao largo do Cobre, do meu Cobre, onde nasci e, pelos vistos, por aqui devo ficar nada me surpreende o abandono do citado projecto. Os tempos não vão de feição excepto, talvez, para o abandono de algum património edificado ou não,afim de mais tarde o recuperar ( € ). Sob outra fachada.
    Cordiais cumprimentos e permita-me seguir o seu interessante blogue do qual tomei conhecimento em pesquisa acerca do Cascais vetusto.
    Convido VªExª a uma visita ao meu humilde espaço de carinho e amor por esta terra.
    Afectuoso abraço.
    Zé Pinto Lopes.

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