domingo, 20 de outubro de 2013

Museu do Trajo, um museu especial

            Por iniciativa da Associação Portuguesa de Museologia (ali representada pelo seu vice-presidente, Dr. Pedro Inácio), com a colaboração da Direcção Regional de Cultura do Algarve e da Câmara Municipal de Loulé, realizou-se, a 23 de Setembro, no castelo de Loulé, uma mesa-redonda subordinada ao tema «Que gestão para os museus actuais?»
            Intervieram a Dra. Dália Paulo, Directora Regional de Cultura do Algarve, que salientou a importância cultural que a rede museológica algarvia estava a ter; a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Faro, Alexandra Gonçalves, que equacionou o binómio turismo e museus; José Gameiro, Director do Museu de Portimão, que se referiu às iniciativas ali desenvolvidas; Emanuel Sancho, responsável pelo Museu do Trajo de S. Brás de Alportel; e eu próprio, que tive ensejo de chamar a atenção para dois aspectos que reputo relevantes numa gestão museológica: a investigação (a postular o estabelecimento de parcerias, nomeadamente no que às exposições e eventuais publicações diz respeito) e a comunicação (não basta fazer é preciso divulgar o que se faz).
            Não constituirá, porém, vaidade salientar o bom acolhimento que teve o relato que Emanuel Sancho fez – e eu corroborei – do modo de funcionamento do nosso museu, dependente como está apenas da Santa Casa da Misericórdia e dispõe, por conseguinte, de muito maior liberdade de acção. Liberdade que tem sido bem aproveitada para envolver a população, quer os nativos (veja-se a maravilha que é o Pólo de Alportel!) quer os estrangeiros, que escolhem amiúde o museu (até porque boa parte deles se filiou no Grupo de Amigos) para as suas iniciativas culturais da mais variada índole.
            Um museu, na verdade, com características singulares – que aposta, acima de tudo, em estar ao serviço da população e, dessa sorte, eficazmente contribuir para oportuno cimentar de uma identidade que muito se preza!

Publicado em Noticias de S. Braz, nº 203, 20-10-2013, p. 21.

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