segunda-feira, 24 de julho de 2017

VilAdentro, uma incómoda proximidade

            Duas palavras me ocorreram de imediato quando o Padre Afonso Cunha teve a gentileza de me solicitar depoimento sobre o significado de uma publicação como o VilAdentro, com 223 números editados ao longo de 19 anos, onde tive a honra de colaborar ininterruptamente desde Abril de 2003, num total, portanto, de 151 «A Retalho», de cujos primeiros 100 acabámos por fazer um livro.
            E essas palavras podem consubstanciar-se na expressão «incómoda proximidade». Milito no jornalismo regional há mais de 50 anos e essa característica constitui para mim o cerne de um jornal local: ele deve estar próximo da comunidade, para eficazmente contribuir para a sua (dela) consolidação; ele deve ser incómodo para que nunca se adormeça sobre os problemas e insistentemente se pugne pela sua solução.
            Assumindo-se como boletim paroquial, VilAdentro foi, no entanto, muito mais do que mero eco de uma ideologia religiosa; foi eco, sim, duma comunidade e cumpre, por isso, agradecer de coração aos dois sacerdotes que, mau grado as naturais adversidades, nunca baixaram os braços em prol de nenhuma nobre causa são-brasense.
            Bem hajam!
                                                     José d’Encarnação   

Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel] nº 223, Agosto de 2017, p. 14.

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