Mostra,
em letras entrelaçadas, o nome por que foi primeiramente designado: S(anatório) de S(ant’) A(na). Assim se
chamou porque as condições atmosféricas que o rodeavam (e ainda rodeiam),
designadamente as características da exposição
solar e do ar marítimo, o aconselhavam largamente para a terapêutica das
doenças ósseas. Diz-se, aliás, que condições iguais de sol e de iodo só numa
prainha dos confins do Japão…
Vale
a pena aproveitar o ensejo para contar como parece ter estado «embruxado» o
começo desta unidade de saúde, ora mundialmente reconhecida. Disso nos dá conta
Ferreira de Andrade, no seu livro Cascais
– Vila da Corte, uma passagem que, pelo seu interesse, transcrevi em Cascais e os Seus Cantinhos (p. 150):
«Mandaram
construir Dona Amélia Biéster e seu marido, Frederico Biéster, na Parede, um sanatório
– o actual Sanatório de Santana.
Foi encarregado da direcção
e escolha do local o Dr Sousa Martins ,
que designou para elaborar o projeto o Prof. José António Gaspar, da Academia
das Belas Artes. Entretanto, faleceu o Doutor Sousa Martins
e era convidado para prosseguir a obra o Doutor Manuel Bento de Sousa, que pouco
depois perecerá também.
Houve certa superstição
e, antes que outro médico fosse convidado, morreu Frederico Biéster e, poucos
meses volvidos, sua mulher.
As obras interromperam-se; o arquitec to Prof. Gaspar, impressionado, abandonou-as».
Foi, pois, uma tia e herdeira dos Biéster, D.
Claudina de Freitas Chamiço, quem decidiu não deixar a obra a metade. Entregou
a sua orientação ao notável
cirurgião Gregório Fernandes. A primeira pedra foi lançada a 7 de Agosto de
1901. Rosendo Carvalheira, um nome grande da arquitec tura
portuguesa, dirigiu os trabalhos. A inauguração
fez-se a 31 de Julho de 1913.
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