terça-feira, 21 de maio de 2013

Teatro, escola de vida, fonte de diversão!

            Tive ocasião de assistir recentemente a duas representações teatrais: uma, levada à cena pelo Teatro Experimental de Cascais, chamava-se Viagem à roda da Parvónia e, embora escrita em finais do século XIX e estreada a 17 de Janeiro de 1879, retrata fielmente o cenário político desta Europa destrambelhada em que (sobre)vivemos na 2ª década do séc. XXI; a outra, uma revista ligeira, encenada no seio de um Centro de Dia de uma Junta de Freguesia, cujos actores foram, portanto, como se imagina, os anciãos que lá passam os seus dias.
            E se a primeira me provocou fartas gargalhadas (no fundo, de riso bem amarelo…), a segunda estava entretecida de cenas cómicas do nosso quotidiano e, para mim, o mais importante foi sentir quanto fora cativante para esses actores terem conseguido pisar o palco (alguns fizeram-no agora pela primeira vez!), enfrentar o público e, de modo especial, terem ocupado o seu tempo nos ensaios e, por conseguinte, muito terem aprendido numa vida em comunidade.
            Veio, pois, a talhe de foice ter ido procurar tema para este apontamento e se me apresentar esta notícia, datada de Fevereiro de 2012:
            «A récita “Bordeira é isto!” marca encontro com a boa disposição no Cine-Teatro São Brás, no próximo sábado, dia 11, pelas 21h30, para mais um grandioso espectáculo de teatro de revista, interpretado pelo grupo de teatro amador da Sociedade Recreativa Bordeirense.»
            E acrescenta a nota então divulgada pelo Gabinete de Imagem, Documentação e Informação da autarquia:
            «Formada há mais de 7 décadas, a Sociedade Recreativa Bordeirense é uma associação cultural sem fins lucrativos, que se dedica à participação e realização de eventos culturais. O teatro amador foi uma das artes acarinhadas desde o início da formação do grupo, mantendo-se viva até hoje por membros de todas as idades».
            Porque repesco este assunto agora? Pelo seu amplo significado: primeiro, porque é S. Brás a dar a mão a Bordeira, que não é do concelho, mas é como se fosse; depois, porque as representações teatrais, com todo o seu cortejo de preparação, de redacção dos textos, de escolha do guarda-roupa, de crítica social, de divertimento, enfim, constituem excelente meio de criar comunidade.
            Apoiar as colectividades e as entidades que decidem fazer teatro representa, pois, um relevante serviço por parte das autarquias. E há que aplaudir!

[Publicado em Notícias de S. Braz (S. Brás de Alportel), nº 198, 20 de Maio de 2013, p. 21].

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