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Isso já não vai com palmas, Carlos!
Lembrei-me
desse tempo, ao ler o que o nosso presidente da Câmara confidenciou ao director
do Notícias de S. Braz, na habitual
coluna «Em Discurso Directo», em que «responde todos os meses às nossas
questões», atitude que não pode deixar de ser muito aplaudida e que,
infelizmente, não é seguida em outros concelhos (também nisto S. Brás está muito
à frente! Abençoado!).
Interpelado
sobre o «velho tema que continua a inquietar os são-brasenses, a situação do Centro de Reabilitação »,
respondeu:
«Tantas
têm sido as diligências, os contactos, as reuniões, as moções, as cartas, as
posições tomadas. Infelizmente, apesar de terem sido já tomadas algumas medidas
(…), o Centro ainda não recuperou o seu pleno funcionamento e mantém muitas
camas de internamento ainda fechadas, sobretudo pela falta de pessoal, nomeadamente
de enfermeiros».
E
diz Vítor Guerreiro, a concluir:
«Não
baixaremos os braços até que o Centro tenha a funcionar todas as suas valências
não apenas no ambulatório, mas em todas as suas 50 camas de internamento».
E
é aqui que eu entro: «Isso já não vai com palmas, Vítor!».
Também
na Escola Superior de Dança – e dou apenas esse exemplo – foram, durante meses,
inúmeras «as diligências, os contactos, as reuniões, as moções, as cartas, as
posições tomadas». E como se obteve a solução ?
Pondo a boca no trombone! Vindo para a rua, para a Comunicação Social, clamar! Eu sei que o governo de Lisboa é
da mesma cor política e que, se calhar, até nem convirá muito fazer ondas. Mas…
não diz o Governo que quer resolver os problemas das populações? Não foi para
isso que foi eleito – tal como o foram os autarcas? Então, venha-se para a rua!
Que isto já não vai lá «com palmas, Carlos!».
José d’Encarnação
Publicado em Noticias de S.
Braz [S. Brás de Alportel] nº 255, 20-02-2018, p. 13.
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