segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Um vade-mécum oportuno e útil

            Tem-se uma dúvida e, hoje, os mais habituados ao manuseio da Internet precipitam-se para o computador, escolhem o motor de busca e, num ápice, se a questão tiver sido posta em termos eficientes e eficazes, a resposta aí está, ao alcance de um clique!
            Dir-se-ia, por conseguinte, que de outras enciclopédias e dicionários se não careceria.
            É, porém, essa uma consulta efémera: depressa a ela se acede, depressa o seu resultado se esvai, porque não se imprime numa folha ou, se se imprime, acaba a informação por perder-se, uma vez que nem sempre sabemos exactamente onde a iremos guardar.
            Mantém Aurora Martins Madaleno, desde Abril de 2002, no mensário VilAdentro, da paróquia de S. Brás de Alportel, a rubrica «Quem pergunta quer saber». Fruto da auscultação atenta das questões levantadas no dia-a-dia, revela-se de bem compreensível utilidade para o cidadão comum. Mais útil ainda se dissermos que todas essas respostas simples e claras foram agora transcritas em livro (Quem Pergunta Quer Saber, S. Brás de Alportel, Abril de 2012, ISBN: 978-989-95726-6-9), por iniciativa da Casa de Cultura António Bentes, acedendo a sugestão apresentada pelos alunos da Autora.
            Louve-se, em primeiro lugar, o empenho da Casa de Cultura. Conta já no seu rol mais de uma dezena de edições, a maior parte delas devidas ao labor e ao indesmentível entusiasmo dos irmãos sacerdotes padres José da Cunha Duarte e Afonso da Cunha Duarte, que procuram aliar à sua missão pastoral o gosto por temas da História e do Património locais, em particular, e algarvios em geral. Uma obra de muito louvar, levada a cabo sem apoios significativos, a proporcionar matéria de reflexão, fomentadora de cidadania.
            108 temas, um por página, na sequência cronológica em que foram publicados, devidamente enumerados no índice. Um dos casos em que um segundo índice, por ordem alfabética dos temas, não teria sido despiciendo, para facilitar a consulta. Abarcam enorme diversidade e também por isso – como elucida José da Cunha Duarte no prefácio – são já utilizados por universidades da Terceira Idade.
            Aí se encontra de tudo, dir-se-ia. Que é o orçamento do Estado; que se entende por liberdade religiosa; a que regras deve obedecer o testamento e em que circunstâncias se faz; a proibição de fumar; que questão levanta o casamento realizado no estrangeiro; a usucapião; os padrinhos… Enfim, uma deveras interessante panóplia, em boa hora disponibilizada em livro.                                     

Publicado em Cyberjornal, 07-10-2012:
http://www.cyberjornal.net/index.php?option=com_content&task=view&id=17159&Itemid=67

Sem comentários:

Enviar um comentário