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Estamos a tentar saber o que foi. Sentiu-se em toda a Cascais.
Fomos
ao facebook e, de imediato, surgiram
os testemunhos, as perguntas e logo também o Instituto Português do Mar e da
Atmosfera, sem saber ainda se fora sentido pela população, divulgou comunicado
a informar que se tratara de sismo de magnitude 3,2 na
escala de Richter, com epicentro a 8
km a oés-sudoeste de Sintra, ou seja, na zona de
Alcabideche. As notícias que foram surgindo no facebook, designadamente na página Novidades de Cascais, apontavam,
de facto, para que fora por essas bandas que o abalo mais se fizera sentir.
E hoje, de manhã, foram, sem dúvida,
muitos os telefonemas de familiares e amigos doutras zonas do País, na
preocupação de saberem se, na verdade, estava tudo bem e não passara de um
susto. O próprio presidente da autarquia, logo minutos depois do abalo, pôs mensagem
no facebook, a serenar os munícipes.
Claro, os que somos mais velhos
recordámos os pavores do sismo de 28 de Fevereiro de 1969, pelas 2h 40 m , esse de magnitude 7,3 na
escala de Richter, que, embora o seu hipocentro tivesse sido localizado a sudoeste
do Cabo de S. Vicente e a uma profundidade de 22 km (o de hoje foi a 40 km de profundidade), bem
se sentiu em Cascais.
Duas
reflexões me ocorrem e peço licença para partilhar:
A
1ª, a mais óbvia: nada somos e, de um momento para o outro, todas as ‘vaidades’
podem ser reduzidas a pó.
A
2ª: o (ora) indispensável papel que detêm as redes sociais, porque, ainda mais
do que o telefone, rapidamente podem cimentar comunidade e veicular informação.
Um papel relevante, que muito importa seja, cada vez mais, usado em benefício
de todos.
Mas
estas duas reflexões implicam uma terceira: somos pequeninos e conseguimos esta
‘onda’, porque há electricidade e, sobretudo, porque nos é possível aceder de
imediato à Internet. Temos Internet. Somos, pois, uns privilegiados! Um privilégio
que cumpre consciencializar!
José d’Encarnação
Oportuna imagem de Guilherme Cardoso, a mostrar vestígios de mui antiga falha vulcânica visíveis no Arneiro (junto à Malveira da Serra) |
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