É
função deste grupo de «sábios» assessorar a Xunta do Governo Galego, emitindo
parecer sobre itinerários, publicações, centros de estudo, congressos ou
exposições.
A
notícia foi amplamente divulgada no jornal espanhol ABC, na sua edição de 1 de Fevereiro
de 2015 (pág. 88), na medida em que também se nomearam outros dois membros:
Simon Barton, professor da Universidade de Exeter (Reino Unido) e Segundo
Pérez, deão de Santiago.
Posta
a questão de, cada vez mais, o Caminho de Santiago estar na moda, enriquecida a
sua inicial vertente religiosa de uma componente turística crescentemente
valorizada, o jornal salienta, de Simon Barton, a frase «Deveríamos celebrar a
sua popularidade e não lamentá-lo». De Segundo Pérez, optou-se por sublinhar a
ideia de que «a Europa precisa de recursos como este para afirmar a sua identidade».
Por seu turno, em relação à Doutora Maria José Azevedo Santos, a opinião que é
chamada a título acentua a necessidade de a Igreja manter a espiritualidade do
Caminho
Habituada
a saber, desde pequena, da importância que a peregrinação a Santiago de Compostela
detém na tradição espiritual cristã da Península Ibérica, a Doutora Maria José
não deixou de comentar que a sua devoção infantil depressa encontrou um outro
motivo de apreço:
«O
conhecimento do Caminho de Santiago foi decisivo para melhor se compreender a introdução de correntes culturais e religiosas no seio do
Portugal do século XII».
Dado
que o Caminho de Santiago ocupa, indiscutivelmente, lugar cimeiro no quadro dos
símbolos religiosos europeus, a Confraria de Santa Isabel assinou,
recentemente, por ocasião da inauguração de um albergue no Convento de Santa
Clara-a-Nova, um protocolo com o Centro de Estudos Jacobeus – Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela, no sentido de mais facilmente
se concretizarem os objectivos em vista.
Nesse sentido, uma vez que a investigação histórica desempenha, naturalmente,
papel relevante neste âmbito, a nomeação da Doutora Maria José, especialista em
História Medieval, constitui, sem dúvida, uma honra para si e para a sua
Faculdade – nomeação com que muito nos congratulamos, augurando-lhe o maior
êxito nestas funções.
José d'Encarnação
Publicado em Revista de História da Sociedade e da Cultura, 17, 2017, p. 431.
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