Tem
razão Luís Maia ao afirmar que se trata do dragoeiro que existiu na Quinta da Carreira. Na verdade, há uns cinco anos,
deu-lhe uma moléstia, que resistiu a todos os tratamentos feitos pelos técnicos
camarários e acabou por morrer. Assim findou o que, mui justamente, fora o ex-líbris
da Associação de Moradores da
Quinta.
É
o dragoeiro uma árvore rara, que deve o seu nome ao facto de a sua seiva ter
uma cor avermelhada. Quando, no século XV, os descobridores portugueses a
encontraram, levaram o caso para o mundo da magia e ‘aquilo’ só podia ser…
sangue de dragão!... De qualquer modo, cedo começaram a utilizá-lo para a
tinturaria.
Além
deste, há um outro, de bom porte, na cerca
do Hospital de Sant’Ana, na Parede, e havia razão por parte de quem apontou
como possível localização o Parque
Palmela (que é, esclareça-se, propriedade municipal). De facto, à entrada do
parque, do lado poente, há uma das matas de dragoeiros mais bem conservadas de
Portugal, sobre a qual já aqui tec emos
considerações, mormente porque se aguarda, a todo o momento, que seja cumprida
a deliberação camarária de retirar o
painel publicitário que impede os transeuntes de a admirarem logo desde a
Marginal. Um dia será. Acrescente-se que, mui solenemente, a 21 de Março de
2012, o actual presidente da Câmara, acompanhado de Campos Andrada (em
representação da Autoridade
Florestal Nacional), recebeu o Bilhete de Identidade desta mata, a maior de
Portugal, classificada «de interesse público» por via do Aviso nº 5/2012, de 16
de Março, daquela Autoridade.
Por
conseguinte, voltando à questão proposta, direi que houve «maldade» minha
quando perguntei onde «está?». Já não está. Estava!
Aproveito
também para mostrar de novo (além do que era o dragoeiro da Quinta da Carreira)
um aspecto da mata do Parque Palmela e o pormenor da florescência de outro, que
existe numa casa particular, na Rua do Cardeal (Charneca).
Post-scriptum: Para quem quiser saber
mais sobre esta árvore, que me seja permitido remeter para as notas publicadas
neste blogue: «O sangue do dragão escorre em Cascais» (9-3-2017) e «Vamos ver a
mata dos dragoeiros» (11-8-2017).
José d’Encarnação
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