Fruto
do Orçamento Participativo, o que também se aplaude, devido a configurar um
desejo da população , apresenta-se, assim
pode ler-se na passada edição do
nosso jornal (p. 21), como dignificação
de um espaço público, mediante cuidado arranjo urbanístico, que prevê zona de
estacionamento e, claro, um «parque de lazer intergeracional».
E,
a propósito desta última frase, surgiram-me de imediato uma imagem e um livro.
A
imagem foi (que o leitor me desculpe se dou um exemplo não português) a do Hyde
Park, em Londres, no domingo, 1 de Junho passado: repleto de famílias, na mais
completa descontracção , tomando o
seu almoço em jeito de piquenique, jogando, convivendo… Para mim, uma sensação bem agradável, sabendo-me no coração de uma grande cidade.
O
livro foi o de David Kundtz, «Parar» (edição
de Sinais de Fogo, Lisboa, 2ª edição ,
Abril de 2004). A obra é de 1998 e tem como subtítulo «Como parar quando temos
de continuar».
David
Kundtz demonstra a importância que têm, no nosso dia-a-dia, as pausas conscientes
que possamos fazer, em silêncio. É assim a modos de um ‘carregar as baterias’.
Não temos tempo para isso? Temos, pois! Quando esperamos por um amigo que tarda;
enquanto o computador não se inicia; enquanto o autocarro não chega; enquanto a
água não levanta fervedura… Mil e um momentos que podemos agarrar, para
tomarmos consciência de nós: o que somos, o que fazemos, como fazemos…
Parque
das Amendoeiras! Bonito, o nome! Excelente, o objectivo! Vamos querer que seja
mesmo esse «parque de lazer intergeracional»!
José d’Encarnação
Publicado em Noticias de S.
Braz [S. Brás de Alportel] nº 251, 20-10-2017, p. 13. As imagens são também do jornal.
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