Será
saudosismo da minha parte esta afirmação, porque vivi com alguma intensidade os
anos 60, quando Cascais era, noite afora, o «fado fora de portas»,
designadamente em Birre e também na Torre e nós íamos ao Estribinho (depois, D.
Rodrigo) ouvir a Teresinha Tarouca, o Manuel de Almeida, o Rodrigo (claro!) e
tantos outros! Na vila, era o Arreda (com o saudoso Chico Stoffel!...) e também
o Estoril não ficava atrás.
Congratulo-me,
por isso, com o concerto, previsto para o próximo sábado, a partir das 22
horas, no Salão Preto e Parta do Casino Estoril. Primeiro, porque o Camané representa,
a meu ver, aquela fase de transição entre o fado à maneira antiga e o fado da
nova geração: não deixou de ter esse estilo dos anos 60 e soube envolver fados
em roupagens de agora. Depois, porque, nesse espírito, andou muito bem ao
agarrar no património que Alfredo Marceneiro nos legou.
O
serão de sábado poderá ser, pois, assaz agradável encontro para duas gerações!
José d’Encarnação
Publicado no Cyberjornal, 2018-04-11:
Sem comentários:
Enviar um comentário