Isso
eloquentemente se mostrou na exposição
«Mãos na Massa» que o Departamento de Infância daquela instituição secular levou a efeito, no fim-de-semana de
20-22 deste mês de Abril, em duas das salas da sua sede. Um mar de cor por
aquelas paredes em trabalhos de estampagem, tapeçaria, monotipia, digitinta, colagem,
desenho, histórias…
À
sessão de abertura, na tarde de sexta-feira, estiveram presentes as educadoras,
os educadores e colaboradores da Santa Casa, também para assistirem à apresentação do vídeo que vai estar disponível na página da
instituição , página que ora recebeu
um novo e bem atractivo formato.
Creche
da Abóboda, Creche do Arneiro, Centro Alfredo Pinheiro, Centro Infantil do
Linhó, Infantário O Pinhal, Creche de S. José. Infantário de Bicesse, Creche da
Pampilheira, Creche Teodoro dos Santos – é este o rol das unidades do Departamento
de Infância. Todos nunca seremos de mais para que a Santa Casa consiga levar a
bom porto a sua vocação de apoiar os
mais necessitados, que, neste momento, são – para além das crianças – os
anciãos, cada vez mais anciãos, cada vez mais dependentes, cada vez a requererem
mais braços para os amparar.
No
minúsculo livrinho distribuído, sobre as ideia s
e as histórias, como ‘contributos para uma educação
participada’, lia-se, em 7 páginas (para obrigar a pensar…) o seguinte: «Quando
a expressão / comunica o que a criança sente, / cumpre a função / de desenvolver / o seu equilíbrio harmonioso /
e permite-lhe uma relação
equilibrada / com tudo o que a rodeia».
Por
seu turno, no texto de apresentação
de «Mãos na Massa» se explicita que «estas actividades funcionam como uma
linguagem como o são o gesto ou a fala e a escrita. Na educação pré-escolar, o desenho assume especial importância
visto que o prazer de escrever deve radicar no prazer de desenhar».
Este
foi, pois, mais um passo para dar a conhecer o trabalho que – com muita abnegação – se está a desenvolver. Uma abnegação habitualmente não compreendida pelas entidades
oficiais, mormente pelos burocratas do Governo Central, que só sabem ler com antolhos
a letra das leis e se esquecem das pessoas, essas que, por sinal, até também
devem ter nas suas famílias…
Aplauso
maior, portanto, para a iniciativa – no voto de que ‘desânimo’ nunca seja
vocábulo deste dicionário de afectos.
José d’Encarnação
Publicado em Cyberjornal, 23-04-2018: http://www.cyberjornal.net/saude-e-solidariedade/saude-e-solidariedade/solidariedade/mas-as-criancas-senhor
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