terça-feira, 8 de maio de 2018

A tradição mantém-se!

            Perpetuando uma tradição do concelho de Cascais de comemorar, com uma caldeirada, o 1º de Maio, reuniram-se, no habitual barracão – que é museu! – em Trajouce, os trabalhadores da pedra da freguesia de S. Domingos de Rana. A eles se têm associado, de há largos anos a esta parte, membros da Associação Cultural de Cascais, que à preservação da memória do trabalho da pedra vem dando a sua maior atenção.
            Vários desses trabalhadores já estão reformados, mas o bichinho do convívio anual mantém-se, em torno de um bem condimentado tachão com os ingredientes precisos, mui cuidadosamente seleccionados por um fornecedor – também ele já tradicional – do mercado de peixe de Cascais.
            Foram, este ano, cerca de trinta. E à saborosa caldeirada se junta o «vinho da terra», da ‘adega’ particular de um dos convivas, além do arroz doce e de um bolo que a esposa de um dos organizadores faz questão em oferecer.
            É tradição também que um dos canteiros use da sua imaginação para esculpir um troféu destinado a ser sorteado e que o vencedor oferece depois ao «Museu do Caracol», de Trajouce, fiel depositário desses troféus anuais. O deste ano resultou da sugestiva junção de duas pedras caprichosamente esculpidas não pela mão humana mas pela Natureza, em cuja base se gravou a data «1º Maio 18» – para que conste!
            Guilherme Cardoso, além dos instantâneos captados, fez a fotografia do grupo. E o convívio continuou tarde afora, não sem que faltasse o acordeão, a gaita-de-beiços e uma cana rachada para marcar o ritmo.
            Celebrou-se, enfim, o privilégio de se cimentar mui saudável companheirismo.

                                                                                  José d’Encarnação

Publicado em Cyberjornal, edição de 2018-05-07:
O tacho
Os convivas rodeados de velharias
E a música...

O trofeu, capricho da Natureza, que o Homem apreciou

A fotografia de grupo...
 

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