sábado, 20 de setembro de 2014

Ela tinha as calças rotas!

A relatividade das coisas
            17.20 horas. 5 de Setembro de 2014. Piscina do Tamariz. A mãe veio ter com os filhotes que se divertiam à grande no escorrega. Vestia umas calças amplamente rotas nos joelhos…
            Minha mãe passava horas a remendar as calças de cotim dos trabalhadores da pedreira, pois era uma vergonha andar de calças rasgadas.

«A maior vergonha»
            No dia 8 de Setembro, perante o facto de a selecção portuguesa ter perdido 1-0 frente à selecção da Albânia, o título de um dos periódicos desportivos era: «A maior vergonha de sempre da Seleção». Assim mesmo: a maior vergonha!
            Claro: havia um culpado, que se autopuniu, o seleccionador. Não, não foi a selecção da Albânia que jogou bem; não foi a excelência do adversário e o seu adequado «sentido do jogo» (como eu gosto dessa expressão!...); foi o estúpido do seleccionador, que não soube treinar como devia. Pronto! Foi-se embora e quem vier atrás que feche a porta! Vergonhas destas têm de ser mui severamente punidas!

Bem-vindos, senhores smarts!
            Houve aí uma concentração desses modelos automobilísticos, que deu berro e pôs Cascais nas páginas da Comunicação Social e nos programas televisivos.
            ‒ Se gostei? Claro! Deu-se largas à imaginação nas pinturas e nos dizeres!
            ‒ De que é que gostaste mais?
            ‒ Das mensagens de boas-vindas.
            ‒ Como assim?
            ‒ Começavam por welcome e ‘bem-vindos’ vinha no último lugar da lista.

Feira do Artesanato do Estoril
            51ª edição. De 26 de Junho a 31 de Agosto. Escreveu-se que era «a mais antiga feira de artesanato do país».
            Ouviste falar?
            Passou-me despercebida, sabes. Isso não tem nada a ver com a Câmara, pois não?
 
Rotunda no Monte
            Custou, mas arrecadou! E até o desenho paisagístico ficou de feição. Há quanto tempo lutávamos para que o Monte Estoril não estivesse tão desgarrado de Cascais para quem da vila para lá quisesse ir pela marginal! Em lugar do vetusto, histórico e lendário Hotel Atlântico ergue-se agora um imóvel de cinzentas linhas modernas. Também a monstruosa antena de telecomunicações, que fora transplantada para mais adiante, em boa hora sumiu. A rotunda, com acesso de calçada à portuguesa, agrada, pois!

Óbitos
            Sempre considerei que a imprensa local devia ter uma secção de necrologia. Ajuda a cimentar a comunidade e até nem é muito complicado de manter, se houver acordos com as agências funerárias.
            Pelo facebook, os que aderimos a essa rede social temos hipótese de ir sabendo de uma ou doutra ‘partida’, que nos entristecem e nos ajudam, afinal, a pesar quão frágil e fugaz nos é a existência. Que descansem em paz!
            Nestes últimos tempos, soubemos de Maria Adelaide Cabral, uma pintora residente em Parede; de João Pedro Cardoso, ainda jovem, ligado aos primórdios do Museu do Mar, à Arqueologia Subaquática e ao Centro de Conservação das Borboletas de Portugal; de João Padeiro (saudades do cabrito à João Padeiro e daquele linguado como só a sua gente sabia fazer!...). Outros haverá. Estes três merecem agora uma referência especial, porque, cada um na sua actividade, pertencem à história da nossa Cascais.

Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais, nº 61, 17-09-2014, p. 6.

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