quinta-feira, 28 de abril de 2011

Notas avulsas… de um cidadão olheiro!

Quando criaram os tutores de bairro pela EMAC, disseram que nós seríamos uma espécie de olheiros. Acho que o jornalista – nomeadamente o que escreve nos jornais locais – deve ser também esse olheiro, a informar o que lhe parece menos bem (e a aplaudir o que está bem, claro!), porque aos responsáveis autárquicos nem todas as informações chegam, em tempo oportuno. Até porque também a imprensa local é fonte de informação histórica e, se nada se disser, quem mais tarde o saberá?
Demos, pois, uma ajudinha, mudando, desta feita, o estilo da nossa crónica de hoje.

Camarim Eunice Muñoz
Em singela, mas mui tocante cerimónia, o TEC – por iniciativa de João Vasco – decidiu dar o nome de Eunice Muñoz ao camarim ora ocupado pela actriz para a peça «O Comboio da Madrugada». Foi no Dia Mundial do Teatro, 27 de Março.



Uma surpresa após a cerimónia evocativa que se desenrolou no final do espectáculo, na companhia de um pequeno grupo de amigos. Eunice emocionou-se e garantiu que o TEC era uma companhia única, pela forma como se trabalhava, em entreajuda, em comunhão de ideais… E, também emocionados, todos aplaudimos, nessa comunhão.

Parque de estacionamento do Gandarinha
Está quase pronto o parque de estacionamento do Gandarinha e creio que irá ser seguida, em parte, a proposta que ousei fazer de ser um parque diferente no que concerne a custos, atendendo aos dois locais que serve – a Casa das Histórias Paula Rego e o Parque Marechal Carmona. Equipamento cultural, um; equipamento social, o outro, grandemente procurado pelas famílias para aí passarem uma ou duas horas com as suas crianças, quer ao fim-de-semana quer ao final da tarde. Tenho-o frequentado assiduamente e, em dias bons, o parque infantil regurgita de criançada, que aí tem como motivo de atracção não apenas os equipamentos (parabéns pela sua manutenção cuidada!) mas também a presença de patos e patinhos, pavões e galos (impantes das suas plumagens...) e outras aves…
Um custo moderado – com, por exemplo, a primeira hora gratuita – seria bem-visto e o Município mostrava-se, mui louvavelmente, servidor dos interesses da população.

Parque de estacionamento Palmela
Boa surpresa também terem-nos facultado gratuitamente até aos primeiros dias deste mês de Abril o parque de estacionamento subterrâneo à entrada do Parque Palmela, cuja gestão – tal como a do estacionamento junto ao Parque Gandarinha – foi entregue à ESUC.
Serve às mil maravilhas para quem, do lado poente do concelho queira usufruir de saudável caminhada no paredão. E só quem não anda no paredão é que nem sabe o que perde, mormente no que concerne a exercício físico, a contacto com o mar… O paredão, nos dias bons, tem gente a todas as horas do dia e constitui, sem dúvida, um dos locais mais aprazíveis do concelho de Cascais.
No momento em que escrevo, ainda não disponho de informação de quando é que começa (ou começou) a ser pago e quais os montantes previstos. Mas também aqui, creio eu, o Executivo Municipal deverá pensar-se como… «serviço público». Seria, quiçá, uma forma de se redimir do escândalo (consentido) que continua a ser ter de se pagar – e quanto!... – no estacionamento do hospital, num momento em que esse equipamento, em termos de espera para atendimento, raia o inacreditável (pelas notícias que diariamente nos chegam), num concelho que, também no campo da Saúde, garantia que, com o novo equipamento, iria ser pioneiro. É-o. No mau sentido.

Publicado em Jornal de Cascais, nº 262, 13-04-2011, p. 6.

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