Nesse
aspecto, quer a introdução de uma
disciplina como História e Geografia de Portugal (nos finais da década de 60)
quer a de Estudo do Meio contribuíram eficazmente para que a comunidade se
interessasse mais por aquilo que era ‘seu’ e a distinguia das demais. Assim se
ajudou a criar ainda mais… «comunidade».
Agora
que o Mestrado se tornou quase obrigatório (depois da – para mim insensata –
redução da licenciatura a três
rapidíssimos anos) e até o Doutoramento passou a ser meta mais corrente, a
região e o local ganharam, também por isso, um estatuto maior, determinado pela
necessidade de escrever ‘teses’ que aí vão, amiúde, buscar inspiração . E é de louvar.
Por
outro lado, a facilidade que ora se tem de disponibilizar na Internet, em
formato digital, o resultado dessa investigação
trouxe mui significativo valor acrescentado, até porque sofisticados motores de
busca nos proporcionam, em segundos, assaz preciosa informação .
Há,
porém, que redobrar de cautela na utilização
desses dados. A própria wikipédia, bem conhecida, adverte de que nem tudo o que
nela se contém pode ser fiável.
Suscitou-me esta
reflexão a circunstância de, ao ter pedido «Inscrições romanas de Mangualde» a
um motor de busca, me ter surgido o trabalho que Pedro Pina Nóbrega realizara no seu 3º ano de Faculdade, sob orientação do Prof. Amílcar Guerra, intitulado «Epigrafia latina nos concelhos de Mangualde e
Penalva do Castelo» (Junho de 2003),
acessível em Academia.edu, onde ora rapidamente se depositam trabalhos
académicos. Congratulei-me, porque o desconhecia. E, ao «folheá-lo», senti
obrigação de o dar a conhecer.
Publicado
em Renascimento
(Mangualde), nº 644, 01-08-2014,
p. 11.
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