sábado, 30 de junho de 2018

Foi o Concerto de Verão!

             E, mais uma vez, saímos consolados do auditório Sra. Boa Nova. Todos os elementos da Orquestra Sinfónica de Cascais foram primorosos na execução, sob a proficiente batuta de Nikolay Lalov.
            Um programa alegre, adequado a este início estival. Sábado, 23 de Junho. Começou-se pela primeira apresentação em Portugal da Rapsódia Vardar, do búlgaro (conterrâneo, pois, do maestro) Pancho Vladigerov. Assistiu, por isso, o senhor embaixador da Bulgária em Portugal, Vasili Takev, que aplaudiu de pé; fez-se acompanhar da sua Esposa e ofereceu, no final, bonito ramo de flores a Nikolay Lalov, tendo mesmo saudado particularmente os elementos búlgaros da Sinfónica.
            Seguiu-se a conhecida Suite Masquerade, de Alexander Khachaturian, compositor nascido em 1903 em Tbilisi (Geórgia) e que viria a falecer em Moscovo, em 1978. De encantar esta suite, dada a diversidade dos seus ritmos: valsa, nocturno, mazurka, romance, galope… Os próprios nomes elucidam a variedade das emoções que despertam. A percussão teve, aqui, papel preponderante.
            Finalmente (embora tivéssemos tido a atenção de um extra), a Abertura-Fantasia de Romeu e Julieta, de Piotr Ilich Thaickovsky, uma trágica história de amor, onde a ternura dá lugar à estrondosa guerra entre Montéquios e Capuletos, com a percussão a simular muito bem esse ambiente bélico e, a seu tempo, o terno dedilhar da harpa (Beatrix Schmidt) nos haver embalado também.
            Na Masquerade, realce especial para o brilhante solo da 1ª violino Lilia Donkova, como também merecem referência as flautas (Vera Morais, Natalia Grossmannová e Ricardo Alves).
            Ficamos à espera do concerto de Outono, marcado para 20 de Outubro, com peças de Schubert (a sinfonia nº 8!...), Dvorák (violoncelo e orquestra) e Bedrich Smetana (que nos vai levar às singulares paisagens da Moldávia).
            Nunca será de mais realçar o quão singular e excepcional privilégio que o concelho de Cascais detém por manter uma orquestra sinfónica com tão elevado nível. Haja em vista que é, na verdade, também um privilégio para os músicos (muitos deles com mui invejável currículo internacional) poderem nela actuar com tamanho brilhantismo.

                                                                                  José d’Encarnação

Sem comentários:

Enviar um comentário