quinta-feira, 21 de março de 2013

Abertura de vala põe a nu graves deficiências em caso de catástrofe

           Um abatimento na subida da 3ª circular na tarde do dia 20 levou a PSP a cortar o trânsito no sentido do Cobre desde os semáforos sobre a Ribeira das Vinhas. Medida desastrosa, que não obedeceu a qualquer discernimento e que provocou um dos maiores engarrafamentos de que há memória desde aí até ao centro da vila, porque… não foram dadas alternativas a não ser a passagem pelo Carrascal de Alvide ou pelo Bairro S. José, o que congestionou tudo desde Alvide ao mercado de Cascais!
            Felizmente que – mais de três horas depois da ocorrência! – houve o bom senso de abrir ao trânsito ascendente uma das faixas sul, aliviando a pressão, como pode ver-se pelas fotos tiradas na manhã seguinte.
            Que o incidente leve os responsáveis pela Protecção Civil a ministrarem aos agentes de autoridade que andam no terreno lições práticas de acção imediata; e a aperceberem-se de como, em caso de catástrofe, a 3ª circular constituiu a única via de ligação para Cascais Oeste e há que preservá-la!
            Há, é certo, a auto-estrada, mas, enquanto não se decidirem a dar dois sentidos à rua que, no final da auto-estrada, permitiria a saída para a zona de Birre, o engarrafamento na rotunda de Birre continuará a ocorrer – e não é solução numa ocorrência destas. E, neste caso, também uma ida pela Amoreira não seria viável, porque as obras em curso cortaram pura e simplesmente o acesso norte à localidade.
            Mais uma vez ficou demonstrada também a necessidade urgente de se retomarem os estudos de viabilização do traçado da 2ª circular, dado que o desenho do tráfego, à entrada leste da vila de Cascais, obriga toda a gente a ir à rotunda de confluência com a Avenida de Sintra.
            Aqui fica, pois, o apelo às autoridades competentes: que este incidente sirva de lição e que rapidamente a Protecção Civil vá para o terreno e veja, por exemplo – é outro caso que está a pôr a cabeça em água dos automobilistas! – como estão a ser marcados, com grande prejuízo para a população, os desvios provocados por obras. Não se admite, por exemplo, que, para se abrir uma vala no troço da rua principal de Alcabideche entre a rua dos bombeiros e a rotunda do moinho, aí se corte o trânsito por completo e durante vários dias, o que obriga a desvios incríveis pelo emaranhado de ruas da povoação, cujos sentidos únicos originais se mantiveram, quando, nesta emergência, deveriam ser provisoriamente anulados.
            Reina o maior caos e os empreiteiros parecem gozar de total imunidade para pôr e dispor das vidas e dos bolsos dos seus concidadãos, sem que haja quem ponha cobro nisto!

Publicado em Cyberjornal, 2013-03-21:
 

Post-scriptum: Dei a conhecer este texto a Pedro Mendonça, vereador da Câmara Municipal de Cascais, responsável pelo pelouro da Protecção Civil, que me respondeu o seguinte (e-mail de 21-03-2013, 13:21 h), que agradeço:
Desta vez não tens razão pois foi um abatimento de estrada devido á rede de pluviais.
O abatimento foi notório, daí termos optado rapidamente pelo corte da estrada antes que houvesse acidentes graves o que provoca, como deves calcular, transtornos a quem utiliza a via, por não ter ficado assinalado em tempo, circuitos alternativos.
A intervenção prolongou-se pela noite fora, para ficar o mínimo de tempo encerrada ao trânsito. Neste momento já se circula na via regularmente.
São sempre situações que têm consequências nefastas para os utilizadores… principalmente num local com poucas alternativas ao trânsito.
Com toda a consideração, recebe um abraço
Pedro

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