sábado, 6 de julho de 2013

Casino Estoril em parceria com Fernando Pereira

            Fernando Pereira e a sua empresa, a Musical Entertainment, são os novos produtores responsáveis pelos espectáculos e eventos do Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Fernando Pereira celebrou, recentemente, um acordo com a administração da Estoril-Sol, no seguimento de um convite que lhe foi formulado – informou ontem, dia 4, o Gabinete de Imprensa da Estoril-Sol.
            Artista e produtor, Fernando Pereira apresentará os seus próprios espectáculos e explorará, ainda, todas as produções concebidas pela sua empresa. A estreia está prevista para Setembro.
            Terminará assim um período de um certo apagamento desta sala, por onde já passaram as maiores vedetas internacionais da canção e do musical.
            Na verdade, após as produções de Filipe La Féria, a última das quais, «Fado, história de um povo», o Salão Preto e Prata praticamente deixou de ser falado e até perdera o virtuosismo de outrora. Mantivera-se, durante muitos anos, a tradição de casino, um pouco à moda dos espectáculos das Folies Bergères: um excelente e bonito corpo de bailarinas e bailarinos, malabaristas, ilusionistas, cantores… Recorde-se que aí ganharam nome Jorge Fernando, Rita Guerra e Anabela, por exemplo, que foram presenças constantes durante muitas noites, porque o fado era presença imprescindível, numa altura em que turista que vinha hospedar-se numa unidade hoteleira de Cascais tinha, na ementa obrigatória, uma passagem pelo Casino. E, nessas circunstâncias, o fado tinha de ser… servido!
            Com Mário Assis Ferreira, assessorado pelo actor Júlio César, iniciou-se depois uma luxuosa série de espectáculos temáticos, como «Viva Mozart», «Dali», «Lisboa em Pessoa» ou «Os Heróis e o Mar». E manteve-se a vinda de artistas estrangeiros de renome, mas já sem o ‘brilho’ de antigamente, em que o Casino se arvorava. Mui justamente, como plateia privilegiada do País, um pouco como o Olympia de Paris; e hoje está largamente ultrapassado quer pelo Pavilhão Atlântico (com outro tipo de músicas, é certo) quer pelos Coliseus de Lisboa e Porto.
            A proposta ora na mesa retoma, aparentemente, o esquema adoptado em relação a Filipe La Féria, ainda que, naturalmente, o mundo da canção vá suplantar a produção teatral propriamente dita.
            Aguarda-se, pois, com expectativa o modelo que vai ser adoptado, na certeza de que a versatilidade de Fernando Pereira, cantor e imitador de raro mérito, poderá trazer boas surpresas e aliciar-nos a ir uma e mais vezes saborear de novo o vetusto requinte do Salão Preto e Prata, de que já temos saudades.

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