E
fiquei contente por esse aconchegado recanto do jardim proporcionar tão
apreciado acepipe a abelhas vindas sei lá donde, porque o nosso vizinho que era
apicultor já não é e, nas redondezas neste bairro urbano da periferia de
Cascais, não dou notícia de haver cortiços ou colmeias. «De quilómetros podem vir»,
explicou-me o meu vizinho. E ainda bem que mantemos bonito o pitosporo e elas o
descobriram!
A
minha atenção virou-se, de modo
especial, para lá, não só porque a janela da sala de jantar está mesmo em
frente, mas porque, ao pequeno-almoço, me estou a deliciar com dois méis
trazidos da mais recente ida a S. Brás: um mel de alfarrobeira e um mel de
rosmaninho, ambos de apicultores são-brasenses credenciados. Um gosto!
E
o pensamento não podia deixar de voar para a minha infância, quando, moço
pequeno, fazia questão em ir com o Ti Zé Romão, creio que a Santa Catarina,
protegido dos pés à cabeça, tirar os favos de mel aos cortiços que ele lá
tinha (a cresta)!
Mel
– uma das nossas típicas riquezas a potenciar!
Parabéns,
pois, aos que insistem em não deixar perder a tradição !
José d’Encarnação
Publicado em Noticias de S. Braz
[S. Brás de Alportel] nº 245, 20-04-2017, p. 11.
Norma Musco Mendes
ResponderEliminar28/4 às 15:14
Que beleza!!!!
Ana Júlia Sampaio
ResponderEliminarQue delícia! Este ano, em Março, na altura da floração da urze, centenas de abelhas invadiram a minha cozinha à procura de se instalarem!!! Emoji smile