quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Gastrónomos homenageiam Nuno Lima de Carvalho

            Fundador, com Francisco Sampaio, da Confraria dos Gastrónomos do Minho, Nuno Lima de Carvalho, que nasceu no concelho de Viana do Castelo (15 de Junho de 1932), foi homenageado, com um almoço, no sábado, 27 de Janeiro, na Estalagem Muchaxo, no Guincho.
            Presentes inúmeros confrades, para além de amigos que foi granjeando com a sua dinâmica actividade no Casino Estoril.
Nuno Lima de Carvalho,
em traje de confrade
            Na verdade, Nuno Lima de Carvalho, director da galeria de arte desde 1975, promoveu, enquanto secretário-geral da Estoril-Sol, os mais conceituados certames gastronómicos. ¿Quem haverá aí que não recorde com prazer e saudade as Semanas da Baía, da Galiza, de Trás-os-Montes… iniciativas que guindaram o Casino Estoril ao mais alto nível do que então se fazia para promoção das artes, do artesanato, do folclore e da gastronomia, chamando ao Casino os cozinheiros dos mais conceituados restaurantes de cada região? Ainda a gastronomia não tinha o estatuto nobre que hoje se lhe atribui e já Nuno Lima de Carvalho lho outorgava através dessas invulgares actividades.
            Como já se torna mais complicado ir daqui a Viana, foram os vianenses que se deslocaram a Cascais, trajados a rigor, fazendo-se acompanhar de elementos de um rancho folclórico, para mostrar também a garrida alegria das danças e cantares e das vestimentas tradicionais vianenses. 
            Fez-se jus a mui saborosa caldeirada, regada, no início, com um verde particular de boa cepa e não faltaram, à sobremesa, os afamados doces da Pastelaria Natário, de Viana, que Jorge Amado haveria de imortalizar nos seus livros.
            Momentos especiais de confraternização entre os «mouros» de cá e os portugueses de lá, debruçados sobre o mar do Guincho, nesse dia salpicado de carneirinhos que lhe emprestaram ainda maior encanto. Ficaram os do Minho seduzidos pela beleza da nossa paisagem. E nós, os «mouros», vivamente nos congratulámos com a merecida homenagem a quem tanto devem as Artes Plásticas e os artistas em Portugal.
                                                                       José d’Encarnação

Publicado em Cyberjornal, 01-02-2018:

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