quarta-feira, 8 de abril de 2015

Memórias do Casino vão agora reviver!

            Rodeado por todo o elenco d’A Noite das Mil Estrelas, Filipe La Féria manifestou o seu contentamento por voltar ao Casino Estoril, na conferência de imprensa que serviu, ao final da tarde do dia 7, para apresentar o novo espectáculo a servir no Salão Preto e Prata, com estreia no dia 9, e depois semanalmente, de quinta a sábado, às 21.30 h., tendo, aos sábados e domingos, uma sessão às 17 horas.
            Estava francamente satisfeito por recordar o que foi o passado desta casa e as «mil estrelas» que por aqui passaram desde os tempos do senhor Teodoro dos Santos até mui recentemente, quando o Casino era o palco invejado de todas as estrelas do music hall internacional. Poucas terão sido, de facto, as que por aqui não passaram e não arrecadaram triunfos. Filipe La Féria evocou também as imagens que guardava da sua infância: a girafa do Dali em tempo de animado corso carnavalesco, por exemplo.
            O certo é que, garantiu-nos, a sua gente – também todos eles visivelmente deslumbrados com a nova oportunidade que iam ter e, além disso, vestidos a rigor, para ‘revista’ ver e futuros espectadores apreciarem!... – a sua gente vai fazer reviver esses grandes nomes com uma maestria sem igual. Conhecendo nós como conhecemos o rigor de La Féria e o profissionalismo de uma Alexandra (oh! a Alexandra!), de um Gonçalo Salgueiro, da Vanessa, do Pedro Bargado, do Rui Andrade, do David Ripado, da Dora (pois, da Dora!), do João Frizza, da Cláudia Soares, da Catarina Mouro e da Inês Herédia, estamos bem cientes de que nos vão, sem dúvida, encantar.
            Marco Mercier desenhou as coreografias; Mestre José Costa Reis esmerou-se nos figurinos, que muito gozo lhe deram criar. E, aliás, também agradaram sobremaneira aos intérpretes, pois vários deles (sobretudo elas!) não hesitaram em apresentar-se já com a imagem que deles o programa mostra.
            Prometido está que o glamour vai voltar ao Salão Preto e Prata. Sim, tive de escrever glamour, que é a palavra que melhor se entende nestas andanças. Porque embora o Dicionário da Academia nos diga que é anglicismo a substituir por encanto, eu acho que, também neste caso, «encanto» é pouco e «sedução» é susceptível de nos levar a pensar noutras coisas… E glamour é assim como que uma sensação boa, «está-se bem», a melodia agrada-me, a vista regala-se, a emoção desabrocha e o pensamento voa!...
            Foi glamorosa a apresentação, com as tasquinhas de «comida de rua» por fundo, e viemos de lá com uma vontade danada de ir reviver as noites grandes d’outrora!

                                                                       José d’Encarnação

Publicado em Cyberjornal, edição de 08-04-2015:

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