terça-feira, 10 de setembro de 2013

Museus Marítimos analisam-se em Cascais

            Constitui, sem dúvida, subida honra para Cascais ter logrado apresentar uma convincente candidatura à realização, aqui, de 8 a 15 do corrente mês de Setembro, do Congresso Internacional de Museus Marítimos. Catapulta a vila para uma bem justificada dimensão internacional, que o pouco empenho posto pelas entidades em relação ao Museu do Mar D. Carlos I não havia, de facto, ajudado muito, apesar do dinamismo que as suas actividades de há muito vinham demonstrando. Congratulamo-nos, pois.
            A sessão de abertura decorreu no final da tarde de domingo, no auditório da Casa das Histórias Paula Rego, com a presença de quase duzentas pessoas. Ultrapassa a centena o número de participantes inscritos, vindos de 24 países (Portugal incluído) não apenas da Europa mas também da Ásia (China, Taiwan), das Américas, Austrália, Nova Zelândia e África (representantes da Tanzânia e da Namíbia).
            Após um filme de propaganda do nosso País, da responsabilidade do Turismo de Portugal, a Tuna Académica de Medicina de Lisboa (que reúne elementos das duas faculdades de Medicina) brindou a assistência com alguns divertidos números do seu reportório, terminado com o tradicional Efe-erre-á!
            Coube a palavra de boas-vindas ao Almirante António Bossa Dionísio, presidente da Comissão Organizadora, que realçou a importância do lema escolhido: «Celebrar a nossa herança marítima: tornar relevante a cultura marítima»!
            O jovem Frits Loomeijer, do Museu Marítimo de Roterdão, presidente do Congresso, sublinhou quão agradável fora o pronto acolhimento que recebera em Cascais a proposta de aqui se realizar este congresso, salientando o importante papel que a vila detém não apenas pela sua localização geográfica mas também – e de modo especial – pelas tradições de íntima relação com o mar e as descobertas oceanográficas.
            Aliás, nesse mesmo sentido foi a intervenção do presidente da autarquia: há 500 anos que os Portugueses são os «pilotos da globalização», paladinos da sustentabilidade do mar enquanto fonte de riqueza. Cumpre-nos «olhar para o mar e olhar pelo mar», disse, evocando que, sendo Cascais «uma terra que não espera que outros resolvam os problemas que há por resolver», está decididamente voltado para continuar a herança científica de el-rei D. Carlos, patrono do Museu do Mar, apoiando a elaboração da cartografia subaquática e promovendo a criação de um Centro de Mar, pólo de investigação marítima que se pretende venha a ser de excelência. Terminou formulando o voto de que no mar «encontremos a nossa identidade comum».
            Foi depois servido um pôr-de-sol.
            O congresso – que tem como membros da Comissão Organizadora António Carvalho, Maria Fernanda Costa, Linda Pereira (que orientou a sessão de abertura) e Catarina Santos Serpa – vai desenrolar-se na Casa das Histórias Paula Rego, no Museu do Mar, no Centro Cultural de Cascais, na Cidadela e no Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, com visitas aos museus de Ílhavo ou de Portimão, além dos museus de Lisboa ligados à temática marítima.
            O vasto programa previsto pode ser consultado na página: http://www.icmmcascais2013.org/

Publicado na edição de 9-9-2013, de Cyberjornal:

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