sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Na prateleira - 10

Os prémios
            Fiquei banzado! Eu que estava tão contente, que a minha terra estava a ganhar prémios em cima de prémios, «a mais isto», «a mais aquilo»… e vem-me aquele senhor garantir a pés juntos: «Hoje temos prémios para tudo! Banalizou-se!». Caiu-se-me a auto-estima, qual castelo de cartas!...
            E, no Dia Mundial de Turismo, no colóquio intitulado «O Turismo e a Crise: como dar a volta à crise e ter sucesso», o mui digno gestor hoteleiro do Grupo Pestana, Dr. Mário Candeias, explicou tintim por tintim o que queria dizer.
            Nesse dia 27, na verdade, haviam-se anunciado já mais umas tantas vitórias obtidas, nomeadamente no sector turístico. E Mário Candeias trouxe estatísticas, fez comparações e demonstrou que… nem tudo o que luz é oiro!
            Já tínhamos um pouco essa impressão; mas assim, com dados concretos, números reais… ficamos mais conscientes do que é uma boa máquina publicitária!

Igreja de Santo António em livro
            De acordo com a «Agenda do executivo» veiculada pela Divisão de Marca e Comunicação municipal, a 23 de Setembro, realizou-se, no dia seguinte, às 19 horas, no auditório da Casa das Histórias Paula Rego «o lançamento do livro “A Igreja de Stº António do Estoril, sua História, seu Património” pelo presidente da Câmara, Carlos Carreiras».
            Recorde-se que a Fundação Cascais editara, em Outubro de 1999, o livro, de João Aníbal Henriques, O Estoril e a Paróquia de Santo António – Notas para a Sua História. E se, então, António de Sousa Lara escrevera, na ‘Apresentação’, «Aparece, finalmente publicada, uma monografia do Estoril», podemos, agora afirmar que a reconhecida estância balnear tem sido alvo de mais atenção, de então para cá: Margarida Magalhães Ramalho viu publicada, em 2010, a sua obra Estoril, a vanguarda do Turismo (edição de By the Book): e João Miguel Henriques daria à estampa, por iniciativa da Câmara, a sua dissertação de doutoramento Da Riviera Portuguesa à Costa do Sol: fundação, desenvolvimento e afirmação de uma estância turística (Cascais, 1850-1930) (Edições Colibri, 2011).
            E se o livro A Escola Salesiana do Estoril, de Teresa Mascarenhas e Ana Macedo e Sousa (2003), já abordara, necessariamente, um pouco da história da igreja, pois que ela pertencia ao conventinho franciscano de Santo António onde os Salesianos se instalaram, certo é que, do ponto de vista específico da história religiosa, ainda havia lacunas que este novo volume – a que ainda não tive acesso – veio certamente preencher.

Estudos sobre Cascais
            Foram recentemente disponibilizados na Internet dois estudos que realizámos sobre temas da história cascalense: um trata do aproveitamento já feito e previsto dos fortes da orla marítima; o outro constitui o estudo mais completo sobre o período da Idade do Ferro na villa romana de Freiria, ou seja, o que se descobriu acerca da população que ali viveu antes de os Romanos chegarem.
            Aqui vão as referências:
            – CARDOSO (Guilherme) e ENCARNAÇÃO (José d’), «O povoamento pré-romano de Freiria – Cascais», Cira Arqueologia Online [Câmara Municipal de Vila Franca de Xira], n.º 2, Setembro de 2013, p. 133-180: http://hdl.handle.net/10316/24204
            – ENCARNAÇÃO (José d’), «Arquitectura militar – espaços com vida! O exemplo dos fortes da orla marítima cascalense», revista CEAMA (Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida), 1, 2008, p. 75-81 (versão inglesa nas p. 82-85): http://hdl.handle.net/10316/24359

Eleições
            Houve eleições autárquicas em Cascais. 62,01 % dos eleitores não votaram. Quase 6000 votaram em branco ou anularam o voto.


Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais, nº 17, 09-10-2013, p. 6.

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