Na
Sala dos Reis ia ser inaugurada, de seguida, a exposição
documental intitulada «Arqueologia Subaquática do Concelho de Oeiras» e, por
isso, sentaram-se à mesa da sessão, além do Presidente do município, Dr. Paulo Vistas:
o Director-Geral do Património Cultural, arquitec to
João Carlos Santos; o apresentador do volume, Professor
Victor S. Gonçalves, respons ável
pela UNIARCH, centro de investigação da Faculdade de Letras de Lisboa, do qual vários
membros viram neste número publicados os seus textos; o director do CHAM – Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar
(Universidade Nova de Lisboa); e o Professor João Luís Cardoso, editor científico
da revista, que, sozinho ou em parceria, assina 11 dos 19 textos do volume.
Na
sessão teve-se ensejo de encarecer o papel preponderante – e nunca regateado –
que o município de Oeiras tem desempenhado no estudo e na constante divulgação da Arqueologia local (e não só!), o que lhe
confere lugar ímpar no contexto nacional.
A
quase totalidade dos artigos publicados prende-se com a área da Pré-história,
sendo excepção apenas os «novos
dados para o estudo de Chões de Alpompé – Santarém», onde se sugere que o
sítio poderá ter «permanecido ocupado, pelo menos em alguns dos seus sectores,
até ao reinado de Augusto», ou seja, mesmo depois do conflito sertoriano.
De
louvar a publicação (p. 429-460) de
parte da tese de licenciatura de António Cavaleiro Paixão, defendida em 1970 na
Faculdade de Letras de Lisboa, dedicada à necrópole do Olival do Senhor dos Mártires
(Alcácer do Sal), onde este arqueólogo, falecido em 2014, levara a cabo campanhas
de escavação , cujos resultados nunca
haviam sido dados à estampa. Iniciativa mui meritória, pois.
Evocam-se
as figuras singulares de Abel Viana, o arqueólogo que trouxe Beja para as
primeiras páginas da Arqueologia nacional, e Virgínia Rau, na sua – quiçá
desconhecida – faceta de docente de Pré-história e, até, com artigos publicados
nessa área do saber, quando o habitual é vermo-la como historiadora da Idade
Média portuguesa.
José d’Encarnação
Publicado em archport : Mensagem Nº 20853,
Mon, 14 Dec 2015 15:40:43
Fotos gentilmente cedidas por Guilherme Cardoso.
João Luís Cardoso fala da actividade camarária no âmbito da Arqueologia |
Visita guiada à exposição sobre Arqueologia Subaquática |
Um dos painéis a documentar a actividade arqueológica subaquática - a legal, dentro das regras, e... a caça ao tesouro, clandestina! |
Sem comentários:
Enviar um comentário