… que quem vier atrás… que feche
a porta?!
Está
em curso na televisão uma campanha «É só esta vez!», no âmbito da consciencialização
de que são os pequenos gestos do dia-a-dia que fazem a diferença entre um cidadão
consciente das dificuldades por que a Terra está a passar e aquele que considere
nada ter a ver com isso, porque aos outros é que compete zelar pelo bem comum.
Na
sequência de uma chamada de atenção para o facto de, numa secção de voto, não
ter havido possibilidade – falemos assim… – de selar as urnas em tempo oportuno
e de as conservar fechadas, como é de bom-tom (falemos assim…), uma das
senhoras que faz o favor de habitualmente me ler e, até, comentar alguns dos
escritos, não teve mãos a medir e referiu-me uma série de situações, em que esse
«deixa andar e não te rales!» se verifica – e vou transcrever. E reza assim,
quase em eco do que na televisão se observa:
- "Estaciono onde me convém" – sem se preocupar com a dificuldade que crio aos outros;
- "Deixo o portão do condomínio aberto porque só vou até à esquina deitar o lixo fora", sem se preocupar com a segurança dos demais no edifício;
- "Ponho a música muito alta no meu carro, janelas abertas, às 7 horas da manhã", sem se importar que está numa zona residencial e onde há muitos idosos, alguns seriamente doentes;
- "Paro numa rotunda para atender o telemóvel", sem dar importância ao pequeno caos que segue;
- "Encosto-me à barra vertical no metro", mesmo se esmago a mão de outro passageiro que se mantém de pé graças à barra;
- "Obrigo a pessoa idosa a separar-se do corrimão" numa escadaria, para não se desviar ele próprio do seu caminho;
- "Dirijo-me em voz altíssima aos meus filhos/netos em qualquer lugar público", sem pensar que estou a ensiná-los a comunicar num tom de voz agressivo.
Ora
bem, aí está uma boa amostra! Para… meditar! – digo eu.
José d’Encarnação
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