Dotado
de mui notável capacidade criativa a
nível da escrita, Alberto Correia não se tem poupado a dar a conhecer, em
elucidativas e assaz agradáveis publicações, o património cultural do distrito
de Viseu, mormente a nível das tradições populares, do artesanato e do que hoje
se designa (e com inteira razão!) o nosso «património gastronómico».
Assim,
foram recentemente publicados os seguintes livrinhos, preciosos:
Em
edição do Município de Viseu:
–
A Broa de Vildemoinhos (Da Terra à
Nossa Mesa);
–
Pão de S. Bento (Tradição de Viseu);
–
Pastéis de Feijão (Doce Sabor de
Viseu).
–
A Maravilhosa História da Castanha Martainha;
– Queijadas de Castanha (Um doce manjar);
–
Fálgaros (Manjar Conventual) [Tabosa
– Carregal – Sernancelhe];
–
Cavacas de Freixinho.
Direi que me
disponibilizei a redigir uma nota, um pouco mais circunstanciada, sobre a importância
da iniciativa para uma revista do distrito da Guarda. A proposta foi liminarmente
rejeitada, porque, sendo da Guarda, a publicação
só admitia textos referentes ao distrito. Não me preocupei com a recusa, porque,
assim, poderia referir-me aos livrinhos aqui, pois Mangualde é do distrito de
Viseu e não se privilegia uma visão tacanhamente regionalista das notícias e
dos comentários.
O
Município de Viseu e a Confraria tiveram tal iniciativa em prol das castanhas e
dos doces? Abençoados! Castanhas haverá também no distrito da Guarda, como em
Bragança! E o que está em causa não é o local mas o testemunho, a iniciativa.
Exemplar como é, poderá ser imitada noutros municípios em relação ao que lhes é peculiar – e isso se acentuaria!
Mui
graciosamente ilustrados com surpreendentes fotografias, os livrinhos são… um
mimo! E têm as receitas no final!
José d’Encarnação
Publicado em Renascimento (Mangualde), nº 762, 2019-10-01, p.
12-13.
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