quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Um olhar sobre a Democracia, antes das eleições

A capa, qual urna de voto...
            Recebi hoje o nº 69 (Setembro 2019) da Egoísta, a revista da Sociedade Estoril-Sol, dirigida por Mário Assis Ferreira, com edição de Patrícia Reis.
           É meu hábito dedicar, de vez em quando, umas linhas ao conteúdo de cada número desta mui premiada revista, que em cada um deles nos surpreende. Desta vez, porém, não resisti a, sem rede nem grandes reflexões, partilhar o que senti, no mero folhear, parando aqui e além, destas bem densas páginas.
            É que o tema é a Democracia e, quase a medo, no rodapé da capa, vem uma frase conhecida: «Vemos, ouvimos e lemos / Não podemos ignorar».
             Estremecem-nos, abanam-nos todos e cada um dos textos, quer seja a evocação de Francisco Sá Carneiro, quer a imprescindibilidade da liberdade de imprensa, quer a necessidade imperiosa de se votar…
Eloquente caricatura, da autoria de André Carrilho
            Estremecemos.
          Daqui a dias vamos a votos. Beneficiaremos da enorme riqueza que é viver em democracia, nessa que foi «inventada» na Atenas de Péricles, no século V antes de Cristo. E precisamos de estar conscientes do que vale um voto.
            Não, não vou desvendar o denso conteúdo destas 160 páginas, ilustradas a rigor. Limitar-me-ei, porque é dele boa síntese, o que o seu director me escreveu:
            «Democracia: nas genuínas, Democracia reduziu-se a sinónimo de Liberdade; nas falsas, Democracia exauriu-se em mero epíteto constitucional!
            E os extremos vingam, a minar a vulnerabilidade que a Liberdade oferece…
          Como diria Clarice Lispector, «Liberdade é pouco. O que  eu desejo ainda não tem nome».
            Talvez o tenha e a nós cumpra baptizá-lo…».
            Vamos a isso!

                                                José d’Encarnação
As fases preparatórias do voto, na capa da Egoísta!....

                                   

2 comentários:

  1. Mais um belo texto sobre um tema quente. Sabemos que é preciso muito mais, alguma coisa que estando identificada dentro de nós, ainda não tem tradução que possa ser entendida por toda a gente.

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  2. Post-scriptum:
    E o que diz o boletim de voto que, mui subrepticiamente se pretende esgueirar na urna que é a capa da revista?
    Ora aí está, em desenhos, para que toda a gente entenda:
    Fase 1: ler, ouvir, conversar;
    Fase 2: pôr a trabalhar todas as engrenagens do cérebro;
    Fase 3 (sim, só depois!): pôr a cruzinha no quadrado!
    Engenhosa forma de nos ensinar como se deve fazer!
    (Vou acrescentar ao texto inicial a reprodução do boletim).

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